sexta-feira, 15 de maio de 2020

Alemanha entra em recessão, e produção industrial nos EUA tem maior queda em 101 anos

Com dois trimestres de queda consecutiva no PIB, a Alemanha entra tecnicamente em recessão Foto: Kai Pfaffenbach / REUTERS
Com dois trimestres de queda consecutiva no PIB, a Alemanha entra tecnicamente em recessão Foto: Kai Pfaffenbach / REUTERS


WASHINGTON - Com a pandemia do coronavírus, o Produto Interno Bruno (PIB) da Alemanha caiu 2,2% no primeiro trimestre, levando o país a entrar em recessão, segundo dados divulgados pelo governo alemão nesta sexta-feira. Em Portugal, a queda foi de 3,9% e, nos Estados Unidos, a produção industrial teve uma retração histórica de 11,2% em abril, a maior em 101 anos. 
A queda do PIB alemão é a maior desde a crise de 2008 e "o segundo pior resultado desde a reunificação" em 1990, segundo a agência de estatísticas do país, a Destatis. Com dois trimestres de queda consecutiva no PIB, a Alemanha entra tecnicamente em recessão.
- É apenas o começo - resumiu o economista Carsten Brzeski, do banco ING.
A economia alemã encolheu 0,1% no quarto trimestre de 2019. Para o segundo trimestre deste ano, os especialistas apontam que o PIB no país possa cair 10%, algo nunca visto em 50 anos. Em 2020, a queda será de 6,3%, segundo cálculos do governo, o que será  o pior resultado desde 1970.
- As consequências da pandemia neste trimestre são graves -  disse Albert Braakman, do Destatis, à imprensa.
Em Portugal, o declínio da atividade econômica é superior ao previsto pela Comissão Europeia, que esperava queda de 1,8% em relação ao último trimestre de 2019. Em relação a igual período do ano passado, o PIB português caiu 2,4%.
A expectativa é que a economia portuguesa tenha uma retração de 6,8% este ano.
Com a maior queda nos últimos 101 anos, foi afetada por medidas de confinamento, o que levou muitas empresas a fecharem ou reduzirem o ritmo de produção.
A queda, porém, ficou abaixo das previsões de analistas, que esperavam recuo de 12%. No mês de março, a retração fora de 4,5%.
O Globo com agências internacionais