A Suécia planeja pedir que a União Europeia investigue a origem da pandemia de coronavírus. A ação pode estremecer ainda mais as relações entre o país nórdico e a China
Autoridades dos Estados Unidos, Reino Unido e Austrália já fizeram pedidos similares, o que deixou as autoridades chineses muito irritadas, afirmando que esse não é um assunto político.
A Suécia é o país europeu com as piores relações com a China. De acordo com o South China Morning Post, um jornal baseado em Hong Kong, o estremecimento começou em fevereiro, quando Gui Minhai, um sueco de origem chinesa desaparecido há anos, reaparece em Pequim preso e, de acordo com as autoridades chinesas, abrindo mão da cidadania sueca.
O governo sueco não aceitou, afirmou que Gui é cidadão do país e deve ser imediatamente solto, o que causou ameaças da embaixada em Estocolmo, que falou em um boicote chinês ao país. A Suécia não voltou atrás e ordenou o fechamento de todos os Centro Confúcio do país, que são mantidos pelo Partido Comunista da China.
O pedido para a investigação da origem do coronavírus pela Suécia, é mais um capítulo da disputa entre os dois países.
“Quando a situação global da covid-19 estiver sobre controle, é razoável e importante que aconteça uma investigação internacional e independente para conhecermos a origem do coronavírus”, afirmou a ministra da Saúde da Suécia, Lena Hallengren, que ressaltou que a cooperação da União Europeia será fundamental.
A ministra das Relações Exteriores, Ann Linde, sugeriu que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passe por uma investigação após o fim da pandemia.
“Nós acreditamos que a OMS está fazendo um importante trabalho, estão não é hora certa para a investigação, vamos deixar que eles façam o seu trabalho”. Mesmo com essas afirmações, dadas em uma conferência do Atlantic Council , um tink tank de política internacional, Ann afirmou que o país não está “feliz” com o trabalho da organização internacional.
Gabriel Oneto, Revista Oeste