Com a melhora no cenário político brasileiro e mercados globais com apetite ao risco, o dólar segue em trajetória de queda. Nesta quarta-feira (29), a moeda americana recuou 2,8%, a R$ 5,3570, menor valor desde o dia 20 de abril.
Em dois pregões, a moeda acumula desvalorização de 5,5%, a mais forte para o período desde o tombo de 6,6% dos dias 5 e 6 de janeiro de 2009, quando o mundo ainda tentava debelar a até então maior crise financeira desde a Grande Depressão da década de 1930.
Nesta sessão, a Bolsa de Valores brasileira subiu 2,3% e voltou aos 83 mil pontos, maior patamar desde 11 de março.
A alta foi puxada por Petrobras e Vale, que reportaram bons resultados no primeiro trimestre nos últimos dias. As ações preferenciais (mais negociadas) da estatal subiram 5,5%, a R$ 18,20, enquanto a mineradora teve alta de 4,75%, a R$ 46,73.
Nos Estados Unidos, resultados trimestrais também impulsionaram a alta das Bolsas. Dow Jones subiu 2,2%, S&P 500, 2,6% e Nasdaq, 3,6%.
Investidores também estão otimistas com os resultados apresentados pela farmacêutica Gilead nesta quarta dos testes do antiviral experimental remdesivir no tratamento de pacientes com Covid-19. Os dados apontam que o remédio tem bom desempenho quando administrado no início da infecção.
Apesar da forte queda do PIB americano, o mercado segue otimista com as medidas de estímulo do governo. Nesta quarta, o presidente do Fed, banco central americano, assegurou que a autoridade usará todas as ferramentas que tem a disposição, pelo tempo que for necessário, para dar suporte à economia.
Com Reuters