sexta-feira, 29 de abril de 2016

Para o PMDB, impeachment tem 61 votos no Senado


Ilimar Franco - O Globo



Eduardo Braga
O PMDB trabalha para passar por cima da presidente Dilma na votação no plenário do Senado da admissibilidade do processo de impeachment. O partido quer desde já deixar claro que a fatura esté liquidada, para que o futuro presidente, Michel Temer, entre no Planalto fortalecido.
Na contabilidade dos articuladores políticos do PMDB, o impeachment já teria o apoio de 61 senadores, podendo conquistar mais três. Se isso ocorrer, Temer poderá sentar-se à mesa de negociação com os aliados sem ter que se submeter a barganhas.
O placar no PMDB está praticamente fechado. São 13 os votos pela destituição da presidente Dilma. Nessa conta, estão o líder Eunício Oliveira e o ex-ministro Edison Lobão.
Os principais aliados de Temer acreditam que, devido à evolução das condições políticas, há espaço para conquistar os votos do ex-presidente do Senado Jáder Barbalho e do presidente do Conselho de Ética, João Alberto.
A presidente Dilma teria hoje o apoio garantido de apenas dois senadores da bancada: o de Roberto Requião e o do ex-ministro Eduardo Braga (foto). Esse por ter pedido licença para não ter que votar. Nem mesmo sua suplente, sua mulher Sandra, precisa votar. Braga se afastou por tempo inferior ao que prevê o regimento do Senado para que o suplente assuma.
O trabalho de convencimento também está sendo feito em cima do senador Douglas Cintra para garantir seu voto pelo impeachment. O presidente do Senado, Renan Calheiros, não pretende votar alegando adotar uma postura institucional.