Em conversa reservada com um emissário de Michel Temer, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, ouviu um pedido para que permaneça no cargo enquanto durar a provável transição da gestão petista de Dilma Rousseff para uma eventual administração peemedebista. Bendine concordou. Sinalizou o desejo de fazer na estatal petroleira uma transição sem desavenças.
A Petrobras é vinculada ao Ministério das Minas e Energia. O enviado de Temer esclareceu que não há, por ora, definição quanto à escolha do futuro ministro da pasta —uma pré-condição para definir como ficará o comando da Petrobras caso o Senado confirme o afastamento de Dilma da poltrona de presidente.
À medida em que o poder vai deslizando do gabinete presidencial para a sala do vice-presidente da República, Temer entrega-se a uma ginástica administrativa para governar fingindo que espera pela decisão dos senadores.
Há duas semanas, Temer preocupou-se em tranquilizar os comandantes militares. Agora, preocupa-se com a principal estatal brasileira. Uma companhia que se encontra de joelhos depois de ter sido assaltada por uma organização criminosa que incluiu o PT de Dilma e o PMDB de Temer.