Um diretor da agência de avaliação de risco Fitch Ratins disse, nesta segunda-feira, que o cenário atual não é suficiente para manter rating do Brasil. De acordo com Rafael Guedes, o governo não sabe como conseguir cooperação do Congresso.
Em evento realizado em São Paulo, Guedes afirmou que a Fitch não costuma mudar o rating em mais de um degrau por vez. Mas lembrou que, em 2002, a agência rebaixou a avaliação do Brasil duas vezes no mesmo ano.
Atualmente, a nota do Brasil pela agência é BBB, dois degraus acima do grau especulativo, mas a avaliação está em perspectiva negativa.
Depois de perder, no início do mês, o selo de bom pagador da Standard & Poor’s, o país é considerado grau de investimento por duas agências: Fitch e Moody’s.
Se o Brasil perder o grau de investimento em mais uma agência, pode haver uma fuga de investidores, já que muitos fundos de investimento só podem aplicar capital em países que tenham selo de bom pagador por pelo menos duas agências.