Sergio Lima/Folhapress | |
Fachada do Banco Central, em Brasília |
EDUARDO CUCOLO - Folha de São Paulo
A dívida bruta do setor público alcançou 65,3% do PIB em agosto, segundo o Banco Central, uma alta de 0,7 ponto percentual em relação ao mês anterior. No final de 2014, estava em 58,9%.
O aumento da dívida reflete o deficit nas contas públicas neste ano e o aumento nas despesas com juros.
União, Estados e municípios fecharam o mês de agosto com deficit de R$ 7,3 bilhões, o que levou o resultado acumulado do ano do setor público a ficar no vermelho.
Entre janeiro e agosto deste ano, o resultado primário de todas as unidades da Federação foi negativo em R$ 1,1 bilhão. No mesmo período do ano passado, houve superavit de R$ 10,2 bilhões.
No acumulado em 12 meses, o deficit está em R$ 43,8 bilhões (0,76% do PIB), resultado pouco inferior ao verificado até julho de R$ 51 bilhões (0,89% do PIB), mas ainda distante da meta de superavit de R$ 8,7 bilhões (0,15% do PIB).
Em agosto, o governo federal teve resultado negativo de R$ 6,9 bilhões. Estados e municípios, de R$ 174 milhões; estatais, de R$ 202 milhões.
As despesas com juros alcançaram R$ 49,7 bilhões em agosto. No acumulado no ano, os juros somam R$ 338,3 bilhões, praticamente o dobro do mesmo período do ano anterior.
A dívida líquida do setor público alcançou em agosto 33,7% do PIB, abaixo dos 34,1% de dezembro, por causa da alta do dólar (o país tem mais ativos do que dívida em moeda estrangeira).