segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Governo recua sobre enquete e decide manter horário de verão

O Estado de S.Paulo
Depois de sugerir uma pesquisa pelas redes sociais para avaliar a opinião dos brasileiros sobre o término do horário de verão, o governo recuou e nesta segunda-feira, 25, confirmou que vai manter a mudança de horário pelo menos neste ano. 
Segundo o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o passo atrás do governo se deve ao período curto para avaliar a opinião das pessoas e alterar a medida. Assim, o horário de verão entrará em vigor no próximo dia 15 de outubro e se manterá vigente até 17 de fevereiro de 2018.

Horário de Verão começa dia 15 de outubro
Com o início da medida, relógios devem ser adiantados em uma hora.  Foto: Estadão
Ficou em cima. Para Coelho, haveria pouco tempo para avaliar a opinião dos brasileiros sobre o assunto, que tem despertado polêmica desde que entrou na pauta de discussão na semana passada. Coelho, porém, não descarta o interesse de lançar uma enquete mais adiante. 


Polêmica. Na semana passada, o governo informou que a continuidade da aplicação do horário de verão seria uma decisão da Presidência da República. Após a conclusão de estudos que mostram que o horário de verão não proporciona economia de energia, o Ministério de Minas e Energia (MME) decidiu encaminhar a questão para instâncias superiores.
Prevendo polêmica, já que o assunto divide opiniões e tem amantes e detratores, o governo chegou a dizer que estudava fazer uma enquete nas redes sociais para deliberar sobre o assunto. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou dar um posicionamento prévio. O presidente Michel Temer é quem bateria o martelo sobre a questão.
"Tendo em vista as mudanças no perfil e na composição da carga que vêm sendo observadas nos últimos anos, os resultados dos estudos convergiram para a constatação de que a adoção desta política pública atualmente traz resultados próximos à neutralidade para o consumidor brasileiro de energia elétrica, tanto em relação à economia de energia, quanto para a redução da demanda máxima do sistema", informou o MME.