Por que o primeiro-ministro britânico se tornou um dos personagens históricos mais famosos do mundo e um dos mais representados na cultura popular, como no filme “Churchill”, que estreia no Brasil
Luís Antônio Giron - IstoE
O charuto, o chapéu, o copo de conhaque, a rabugice e a crença nas instituições. São os traços que fizeram de Winston Churchill não só um personagem histórico do século 20 como também uma figura que parece feita para a cultura popular. O primeiro-ministro britânico que declarou guerra à Alemanha e liderou a vitória sobre o nazismo foi bafejado pelo heroísmo. Por isso, continua a despertar paixões. Também se destacou como orador e escritor. Em 1953, recebeu o prêmio Nobel de Literatura pela obra “A Segunda Guerra Mundial”, em seis volumes, escrita entre 1948 e 1951. Nela, esse protagonista do conflito mais sangrento de todos os tempos não se limita a dar o testemunho das lutas que comandou, mas se atreve a analisá-las como um cientista social. Sem complacência, ele reserva para si próprio um lugar menor na história.
Talvez por causa do excesso de modéstia, sua glória póstuma só tem aumentado. Em 2002, recebeu o título de maior britânico de todos os tempos em votação realizada pela BBC, à frente de William Shakespeare, Isaac Newton e Charles Darwin. Ele tem sido objeto de filmes, séries e telefilmes, além de livros e peças. De 1935 até hoje, tornou-se personagem de ficção em 36 longas-metragens no cinema e 26 filmes e séries televisivos.
História parcial
Muitos atores se candidatam a interpretá-lo nas telas, por tudo o que ele representa e pelas deixas e trejeitos teatrais que o personagem suscita. Além disso, parece que fazer o papel traz premiações. Em janeiro, John Lithgow ganhou o Globo de Ouro pela atuação da série “The Crown”. Não é por outra razão que o astro Gary Oldman interpreta Churchill em “O Destino de uma Nação”, a ser lançado em janeiro de 2018.
Muitos atores se candidatam a interpretá-lo nas telas, por tudo o que ele representa e pelas deixas e trejeitos teatrais que o personagem suscita. Além disso, parece que fazer o papel traz premiações. Em janeiro, John Lithgow ganhou o Globo de Ouro pela atuação da série “The Crown”. Não é por outra razão que o astro Gary Oldman interpreta Churchill em “O Destino de uma Nação”, a ser lançado em janeiro de 2018.
O escocês Brian Cox é outro ator que vive o papel no longa “Churchill”, do diretor australiano Jonathan Teplitzky, que estreia no Brasil nesta semana. O filme tem roteiro da historiadora Alex Von Tunzelmann e dramatiza seis dias antes do Dia D. Naquele momento, o primeiro-ministro se vê assombrado por imagens de massacres do passado e teme que a invasão da Normandia sacrifique vidas inutilmente, como aconteceu em 1915 na campanha de Gallipoli, quando 20 mil soldados britânicos morreram — tragédia pela qual Churchill, ministro da Guerra, foi responsabilizado.
“Brian vive Churchill com um realismo que o torna plausível tanto nas conversas íntimas com a mulher, Clemmie (Natasha Richardson), como nas discussões ásperas com os comandantes militares Bernard Montgomery e Dwight D. Eisenhower”, diz Teplitzky. “Churchill costuma ser representado de forma a um só tempo histriônica e heroica. Mas Brian evita a caricatura.”
No ombro do gigante
Atores que viveram Churchill nas tela
Atores que viveram Churchill nas tela
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