Ação de liberação da BR-101, em Três Cachoeiras-RS, foi marcada por confronto entre policiais e manifestantes nesta sexta-feira. A PRF usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersá-los e um homem acabou preso (Foto: Tadeu Vilani / Agencia RBS)
“Nêsti paíf” onde os sindicatos estão nas mãos de pelegos do PT, a “Nota sobre o uso da força de choque da PRF”, divulgada pela Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais, é digna de… nota.
A FenaPRF lamenta “a rápida judicialização de movimentos classistas pelo governo (do qual inclusive nossa operação padrão foi vítima em 2012) e o tratamento diferenciado que movimentos ‘sociais’ alinhados ideologicamente com o governo tem tido em situações semelhantes” a do movimento dos caminhoneiros.
De fato, quando o MST deixou 30 policiais militares feridos na Esplanada dos Ministérios, o então ministro Gilberto Carvalho, que também se encontrou com Black Blocs depois dos ataques de junho de 2013, estabeleceu o diálogo e Dilma recebeu os trogloditas no palácio no dia seguinte. Agora o governo ignora o líder dos caminhoneiros e manda multar os manifestantes.
É o duplo padrão petista que a presidente imputa cinicamente a seus adversários políticos, acusando-os de “dois pesos, duas medidas”.
A FenaPRF ainda presta “solidariedade à justa causa dos profissionais de transportes que, assim como nós, lutamos por melhores condições trabalho e por um país melhor” e explica que “ao policial não cabe contestar a lei ou as decisões judiciais”, como a de desobstrução das rodovias federais bloqueadas por eles.
“Sua missão constitucional é cumpri-las, sob pena de responder por crime de prevaricação, o que sua omissão, neste caso, poderia resultar em prisão e posterior demissão.”
A nota está toda correta. Boicotar a Justiça, como se sabe, é coisa de José Eduardo Cardozo, o ministro petista que ocupa essa pasta.
