Abatido pela Operação Lava Jato, o PT luta para quitar uma dívida de R$ 47 milhões herdada das campanhas estaduais de Alexandre Padilha (SP) e Lindbergh Farias (RJ).
Candidato derrotado ao governo de São Paulo, Padilha transferiu para o PT um rombo de R$ 35 milhões.
Ainda segundo petistas, o PT do Rio assumiu a dívida de R$ 12 milhões da candidatura de Lindbergh ao Palácio Guanabara. A Folha apurou que os credores fixaram março como prazo para receber. Do contrário, ameaçam ir à Justiça atrás do prejuízo.
Nos dois casos, grandes fornecedores são os principais credores do partido. Em São Paulo, os serviços de gráfica representam metade da dívida: R$ 17 milhões. Os gastos com marketing, site, assessoria e jurídico consomem outros R$ 18 milhões.
No Rio, a empresa de marketing é a maior credora da sigla: R$ 8 milhões.
Despesas com equipamentos chegam a R$ 1,7 milhão, e as com a internet somam R$ 1 milhão.
Depois da eleição, os diretórios regionais do PT tiveram que assumir essas dívidas com o aval do comando nacional do partido. Hoje, as coordenações de campanha de Lindbergh e de Padilha precisam negociar com os credores para alongar os prazos para pagamento.
Os candidatos recorreram ao tesoureiro do PT, João Vaccari Neto –que acabou de anunciar um corte nos gastos dos dirigentes do PT. O comando das duas campanhas não se manifestou.