Caiado faz menção às recentes movimentações de Lula em socorro a Dilma. Para senador, petista tenta “promover a instabilidade democrática soltando seus coletivos”
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), fez duras críticas ao ex-presidente Lula por meio de sua conta pessoal no Twitter, chegando a chamá-lo de “bandido frouxo”. Convalescendo de uma “cólica biliar” que o manteve internado desde a segunda-feira (23) até hoje (25), o senador agradeceu pelas “milhares de mensagens” de apoio em razão do problema, mas sem perder a postura.
Caiado faz menção às recentes movimentações de Lula em socorro à presidenta Dilma Rousseff e ao governo em meio à crise político-econômica e na iminência de denúncias contra políticos na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Segundo as investigações, o bilionário esquema de corrupção na Petrobras abasteceu campanhas de partidos diversos, principalmente governistas. Ontem (terça, 24), Lula foi ovacionado em ato no Rio de Janeiro promovido por centrais sindicais e movimentos sociais ligados ao PT em defesa da estatal. “Dilma tem que levantar a cabeça”, disse o cacique petista.
“Lula tem postura de bandido. E bandido frouxo! Igual à época que instigava metalúrgicos a protestar e ia dormir na sala do delegado Tuma”, exclamou Caiado, referindo-se ao ex-senador de São Paulo pelo PTB, morto em 2010. “Lula e sua turma foram pegos roubando a Petrobras e agora ameaça com a tropa MST do [José Pedro] Stédile e do [José] Rainha para promover a baderna”, acrescentou o senador goiano.
Um dos principais oposicionistas do Congresso ao governo petista, Caiado comparou Lula ao “ditador Maduro”, presidente da Venezuela, país em que o governo tem prendido opositores, segundo os adversários do chavismo (corrente ideológica do ex-presidente venezuelano Hugo Chávez), sem fundamentação jurídica. Para o senador, Lula pretende “promover a instabilidade democrática [...] soltando seus coletivos”.
“Em vez de ir para reuniões de incitações ao ódio, Lula deveria ir à CPI da Petrobras explicar os assaltos cometidos por ele e seu governo”, fustigou Caiado, mencionando o colegiado instalado na Câmara e prestes a iniciar a nova fase de investigações parlamentares.
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