Dilma 20%

A segunda posse

Opa! Que percentagem é esta acima para a presidente? É a probabilidade de que ela não termine o mandato, de acordo com relatório recém-publicado da empresa de consultoria de risco Eurasia. Quatro entre os presidentes dos países com as cinco maiores economias latino-americanas enfrentam desafios políticos e econômicos que ameaçam a sua sobrevivência no poder.

Para o mexicano Enrique Peña Nieto a probabilidade é de 10%. Para a rainha Cristina, da Argentina, é de 15% (seria maior caso não houvesse a eleição programada para outubro). Risco de queda dos grandes, claro, para o chavista Nicolás Maduro: 70%.

Existem dinâmicas específicas em cada um dos quatro países, mas em comum há a combinação de queda de aprovação popular e menor crescimento econômico na esteira de um período de abundância que aumentou as oportunidades de corrupção. Com o contrafluxo, estão aí as condições de instabilidade e crise política.

Tudo é mais dramático na Venezuela diante das atrozes perspectivas macroeconômicas, a inabilidade do governo para fazer dolorosos e necessários ajustes e um sistema político travado. É uma combinação que pode levar a uma explosão social e a uma mudança de regime, inclusive através de golpe militar.

No caso brasileiro, a Eurasia avalia que o governo Dilma enfrenta uma tempestade perfeita de dificuldades econômicas, a necessidade de fazer ajustes fiscais e o desafio do sério escândalo de corrupção na Petrobras. Neste cenário, o impeachment de Dilma Rousseff é uma probabilidade “não trivial” de 20%.

Os leitores podem cair na folia carnavalesca e fazer o seu samba de probabilidades nesta sexta-feira 13.