segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Chefe de Gabinete de Cristina Kirchner, a Dilma ´trambique` hermana, rasga o jornal 'Clarín' em coletiva

Veja


Jorge Capitanich afirmou que há um “confronto de meios opositores” contra o governo. 'Clarín' publicou uma reportagem que foi desmentida pela Justiça


O chefe de Gabinete do Executivo da Argentina Jorge Capitanich rasga o jornal 'Clarín'
O chefe de Gabinete do Executivo da Argentina Jorge Capitanich rasga o jornal 'Clarín'(Reprodução/Youtube/VEJA.com)
O chefe de Gabinete do Executivo da Argentina, Jorge Capitanich, rasgou em pedaços páginas do jornal Clarín [confira vídeo abaixo] nesta segunda-feira durante uma entrevista coletiva. Capitanich denunciou um “confronto político de meios opositores” contra o governo, após a Justiça argentina ter desmentido recentemente uma notícia do jornal sobre a presidente Cristina Kirchner.
Capitanich rasgou as páginas com uma reportagem sobre a existência de um esboço da denúncia do procurador-geral Alberto Nisman, morto em circunstâncias não esclarecidas, no qual ele solicitaria a prisão de Cristina Kirchner por acobertamento de acusados iranianos pelo atentado de 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia). Após rasgar as páginas do jornal, o chefe de Gabinete advertiu que em 2015 a “perseguição da mídia vai uma dinâmica muito ativa neste ano eleitoral”.

Segundo o Clarín, a minuta da denúncia, com várias linhas riscadas, teria sido encontrada na lata de lixo da casa do promotor após sua morte, com um disparo na cabeça, em 18 de janeiro, e incorporada aos autos da investigação. A informação do Clarín foi desmentida horas depois pelo juiz do caso, Ariel Lijo. O magistrado esclareceu que as rasuras foram realizadas pelo próprio juiz e que na denúncia de Nisman não consta “nenhum pedido substancial em relação aos supostos acusados”.
Alberto Nisman foi encontrado morto em seu apartamento com um tiro na cabeça na véspera de apresentar no Congresso detalhes de sua denúncia contra a presidente argentina e vários de seus colaboradores. Segundo Nisman, a denúncia se baseia em evidências reunidas mediante escutas telefônicas sobre as manobras do governo argentino para “livrar de toda suspeita os acusados iranianos” e “fabricar a inocência do Irã” no atentado contra a Amia, que deixou 85 mortos.
Vídeo: Capitanich rasga o jornal 'Clarín'


(Com agências EFE e France-Presse)