O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divergiu do corregedor-geral Benedito Gonçalves, nesta quinta-feira, 29, no julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível, até 2030.
Araújo defendeu a retirada da “minuta do golpe” encontrada na casa de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, acolhida por Gonçalves.
De acordo com o ministro, ele votou inicialmente a favor da inclusão do documento nos autos para que fosse possível apurar relação entre o documento e o processo movido pelo PDT. Depois de analisá-lo, porém, concluiu não haver nexo entre os casos.
“Articulo inexistir qualquer conexão com a demanda”, argumentou Araújo. “Inexiste qualquer elemento informativo capaz de sustentar, para além de ilações, a existência de relação entre a reunião e a minuta de decreto, a qual apócrifa e sem origem e sem data determinadas persiste de autoria desconhecida, a impedir qualquer juízo seguro de vinculação daquele achado com o pleito presidencial de 2022 e com os investigados.”
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