quarta-feira, 1 de março de 2023

Temer, vice de Dilma, laranja do ex-presidiário, sobre afastamento de Marcelo Bretas: ‘Era o que eu esperava’

 Ex-presidente disse que medida contra magistrado o tranquiliza

Para o político, a decisão não o surpreendeu e ocorreu conforme ele esperava
Para o político, a decisão não o surpreendeu e ocorreu conforme ele esperava | Foto: Beto Barata/PR

O ex-presidente Michel Temer recebeu com tranquilidade o afastamento do juiz titular da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Para o político, a decisão não o surpreendeu e ocorreu conforme ele esperava.

“A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos”, argumentou Temer. “Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegiava a militância e as ambições pessoais em detrimento da justiça.”

O ex-presidente disse ainda que a medida do CNJ contra Bretas, “como constitucionalista, e ex-presidente da República”, o tranquiliza.

Em 21 de março de 2019, Bretas mandou prender Temer no âmbito da Operação Lava Jato, tendo como base um acordo de delação premiada. O ex-presidente teria cometido os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro em contratos da Eletronuclear com a empresa de engenharia Engevix.

Quatro dias depois, Temer deixou a detenção.

Afastamento de Bretas

O colegiado do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) formou maioria para afastar temporariamente o juiz Marcelo Bretas em sessão na terça-feira 28. Ele é acusado de “irregularidades” na condução dos processos em três ações. Todas elas correm em sigilo na Justiça.

Um dos processos contra Bretas foi movido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que acusou o juiz de “violar deveres de imparcialidade”.

Fernando de CastroRevista Oeste