Nos dois primeiros meses do ano foram mais de 200 solicitações
As projeções para o número de pedidos de recuperação judicial previsto para este ano aumentaram. O mecanismo é utilizado pelas empresas para evitar falência. O processo permite que companhias suspendam e renegociem parte das dívidas acumuladas.
Nos dois primeiros meses, os novos pedidos de recuperação judicial subiram para mais de 200. Os mais recentes são da cervejaria Petrópolis e a varejista de moda Amaro.
Só em fevereiro, os pedidos cresceram 86% na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 103, de acordo com levantamento da Serasa Experian. Em janeiro foram outros 92, aumento de 37%. Em todo o ano de 2022, foram registrados 833 pedidos.
Entre os motivos estão a piora no ambiente macroeconômico, com juros altos, inflação persistente e a inesperada seca na oferta de crédito. O caso da Americanas e a quebra de bancos no exterior puxaram o crescimento nos pedidos de recuperação judicial.
Segundo escritórios que atuam na área, em 2023, os pedidos devem aumentar pelo menos 50% em relação ao ano passado.
Até o momento, o ano de 2016 registrou recorde de pedidos de recuperação judicial, quando somaram mais de 1,8 mil em decorrências da crise do governo de Dilma Rousseff.
Revista Oeste