Verba separada pelo PT para disputar a Presidência da República vem do Fundo Eleitoral
O PT reservou R$ 130 milhões para serem usados na campanha de Loola nas eleições presidenciais de 2022. A verba é cerca de 30 vezes maior que os pouco mais de R$ 4 milhões utilizados por Jair Bolsonaro para ser eleito presidente em 2018.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o dinheiro faz parte do Fundo Eleitoral destinado ao partido para a disputa deste ano. Ou seja: ele é bancado pelo pagador de impostos.
A quantia separada pelo PT para a campanha de Loola equivale a 26% do Fundo Eleitoral da legenda para as eleições de 2022. Com o valor já reservado, são quase R$ 2 milhões para serem gastos por dia nos dois turnos. Mais de R$ 1 mil por minuto. E o montante ainda deve aumentar.
Ao todo, R$ 143 milhões podem ser gastos com uma candidatura a presidente da República em 2022, sendo R$ 88 milhões no primeiro turno e R$ 44 milhões no segundo. O limite foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Em 2018, por exemplo, aproximadamente 90% da campanha de Fernando Haddad, então candidato do PT, foi bancada pelo Fundo Eleitoral. O restante veio de outras fontes, como doações de militantes.
Além disso, os outros partidos que apoiarem Loola também podem colocar recursos na chapa. “Basta que a coligação ou federação sejam formalizadas”, explica Alberto Rollo, advogado especialista em direito eleitoral.
Rede e Psol já anunciaram que estarão ao lado do petista na disputa. A parcela do Fundo Eleitoral destinada às duas legendas somada à cota do PSB, partido de Geraldo Alckmin, vice escolhido por Loola, resulta em mais R$ 440 milhões. Desse modo, os R$ 2 milhões que faltam para o limite legal parecem garantidos.
Loola custa mais
A campanha de Haddad para a Presidência da República em 2018 custou R$ 35 milhões. Assim, a quantia destinada pelo PT à corrida presidencial em 2022 é cinco vezes maior.
Com Artur Piva, Revista Oeste
