sábado, 30 de julho de 2022

Trabalho presencial impulsiona emprego no Brasil

Com o fim do ‘fique em casa’ sete atividades retomaram as contratações

Administração pública, comércio, indústrias, serviços e construção ajudaram no segundo trimestre
Administração pública, comércio, indústrias, serviços e construção ajudaram no segundo trimestre | Foto: Divulgação/IBGE

As atividades com carteira assinada, muito afetadas pelo ‘fique em casa’, estão retornando com força no país. A análise é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística que, na sexta-feira 29, divulgou a taxa de desemprego no Brasil.

“Nos últimos trimestres, a gente percebe a intensificação das atividades de serviços, principalmente, aqueles chamados de presenciais. Agora, retornam com mais força”, destacou a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, em entrevista a Oeste.

Entre as atividades que mais geraram postos de trabalho no segundo trimestre estão administração pública (4,5%), serviços domésticos (4%), construção (3,8%), comércio (3,4%) e outros serviços (3,2%).

“A prestação de serviços que, de algum modo, vinha sendo prejudicada até ano passado, em termos da impossibilidade de funcionamento delas, passa agora a responder positivamente no mercado de trabalho”, observou Beringuy.

Conforme mostrou Oestea taxa de desemprego no Brasil entrou no quarto mês seguido de queda. Em junho, o índice fechou em 9,3%. De acordo com o órgão, esse é o menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015. Naquele período, o indicador fechou em 9,1%.

A população trabalhando formalmente é a maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Esse contingente foi estimado em 98,3 milhões de pessoas.

Ainda segundo a gerente da pesquisa, todas as formas de inserção no mercado de trabalho responderam de maneira positiva no segundo trimestre. “Há uma disseminação bastante importante nesse processo de recuperação dos postos de trabalho, de ocupação em diversas atividades econômicas, seja por meio do trabalho formalizado, mas também por meio da chamada inserção informal, que é o caso do trabalhador por conta própria”, concluiu.

Guilherme LopesRevista Oeste