Corrupção e lavagem de dinheiro aparecem na lista contra o governador afastado
Mais um movimento do Ministério Público Federal (MPF) contra o governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ao lado de quatro desembargadores e outras 13 pessoas, ele foi denunciado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) por cinco crimes.
De acordo com a denúncia da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, Witzel deve ser punido pelas práticas de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato (roubo, desvio de verba pública). Em outras ocasiões, o político negou as acusações.
A mais nova denúncia contra o governador afastado tem relação com a operação Mais Valia, deflagrada pela Polícia Federal na manhã de hoje. Quatro desembargadores acabaram detidos em meio ao trabalho dos agentes. Eles são suspeitos de terem recebido vantagens indevidas durante a gestão Witzel, sobretudo em casos envolvendo organizações sociais que administravam hospitais do Estado.
“Uma sofisticada organização criminosa”
“Está-se diante de uma sofisticada organização criminosa, arraigada no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, composta por desembargadores do Trabalho, incluindo o atual e o ex-presidente da Corte”, afirma Lindôra em sua denúncia, informa o jornal O Estado de S. Paulo. “Os integrantes do grupo criminoso, além de se locupletarem, prejudicam os jurisdicionados que deixam de receber verbas imprescindíveis para sua sobrevivência, em razão de decisões voltadas exclusivamente para beneficiar as empresas que pagam altas quantias à orcrim”, prosseguiu a subprocuradora.
Mais um revés para Wilson Witzel
Essa não é a primeira ação contrária a Wilson Witzel. Em agosto de 2020, ele foi afastado do cargo de governador por determinação do STJ. Posteriormente, foi tendo negado inúmeros pedidos para retornar ao poder. Além disso, é alvo de processos de impeachment na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e tornou-se réu em processo sobre corrupção e lavagem de dinheiro.
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Anderson Scardoelli, Revista Oeste