O agora ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, divulgou na noite de ontem (29) sua carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro.
Conforme noticiamos, a saída de Araújo do cargo era um pedido da oposição motivada pelo lobby da aprovação do 5G chinês no Brasil.
Em sua carta, o ex-ministro reiterou seu compromisso pelo crescimento do país e sua política externa, e reafirmou sua denúncia contra as mentiras divulgadas pelos políticos do Centrão em aliança com a grande mídia, que culpam Ernesto pelo “atraso” nas vacinas.
“Ergueu-se contra mim uma narrativa falsa e hipócrita, a serviço de interesses escusos nacionais e estrangeiros, segundo a qual minha atuação prejudicaria a obtenção de vacinas. Exibi todos os fatos que desmentem tais alegações, mas infelizmente, neste momento da vida nacional, a verdade não importa para as correntes que querem de volta o poder – esse poder que, durante as décadas em que o exerceram, só trouxe ao Brasil atraso, corrupção e desgraça”, escreveu.
Ernesto Araújo evidenciou ainda o princípio de seu trabalho à frente do Ministério das Relações Exteriores.
“Lutei desde o início pela liberdade e dignidade do Brasil e do povo brasileiro, pela nossa soberania e grandeza em todos os aspectos. Procurei – à frente de muitos e muitos colegas para os quais “diplomata” e “patriota” não são antônimos -, colocar o Itamaraty a serviço do sonho de um novo Brasil.”
Além de atuar para estabelecer boas relações com países desenvolvidos, como os Estados Unidos, Ernesto Araújo liderou também a luta pelo estabelecimento de uma política antiaborto e a favor da família dentro de sua atuação ministerial.
Entre as pautas do mandato do ex-chanceler estavam também o trabalho pelos acordos econômicos e a luta contra o tecnototalitarismo das Big Techs.
De acordo com uma nota divulgada na segunda-feira pela Secretaria Especial de Comunicação Social, do Ministério das Comunicações (SECOM), quem assumirá agora o cargo de Ministro das Relações Exteriores é o embaixador Carlos Alberto Franco França.
Apesar da demissão, Ernesto Araújo declarou que continuará a lutar pelo povo brasileiro e contra as mentiras que visam a fazer do Brasil um país escravo.
“A verdade liberta e a mentira escraviza. Hoje, a mentira é despudoradamente utilizada para um projeto materialista que visa a escravizar o Brasil e os brasileiros, a escravizar o próprio ser humano e roubá-lo de sua dignidade material e, principalmente, espiritual”, declarou o ex-ministro.
“Assim, em benefício do projeto de transformação nacional que o senhor encabeça, e em nome de minhas convicções profundas, de meu orgulho profissional e do amor que dedico ao Brasil e ao nosso povo – esse povo pelo qual me comprometo a seguir lutando até o fim dos meus dias – coloco à disposição de Vossa Excelência o cargo de Ministro das Relações Exteriores”, completou.
LEIA NA ÍNTEGRA A CARTA DE DEMISSÃO DE ERNESTO ARAÚJO:
Bruna Lima, Terça Livre