Bonner, 'servidor' da Globo, puxadinho/dependente da grana dos impostos do cidadão
honesto que trabalha e paga impostos
O moço na TV era um de muitos, no mundo acadêmico e nos meios de comunicação, que fazem análise marxista até sobre chinelo velho.
Em toda oportunidade se referem aos artefatos e serviços de proteção que usamos como se equivalessem às defesas com que os grandes traficantes se cercam em seus bunkers.
Descrevem uma realidade que domina a paisagem urbana das cidades brasileiras, como sendo coisa de gente preconceituosa, paranoica e indiferente à miséria alheia. Dizem-nos assim:
"Vocês se isolam do mundo, cultivam preconceitos, matriculam os filhos em escolas particulares também protegidas por grades e agentes de segurança".
No entanto, bem sabemos todos quanto esses cuidados são indispensáveis num país onde o crime espreita em cada esquina, porta de garagem, restaurante ou agência bancária.
A espiral ascendente da bandidagem não para de se ampliar desde que a análise marxista substituiu a lei pela tolerância ideológica às suas práticas.
Ao mesmo tempo, o Estado passava a gastar mais e mais consigo mesmo do que com suas funções essenciais.
A violência aumenta pelo simples fato de que há criminosos em excesso circulando livremente em nossas ruas e estradas.
E o sujeito da telinha, embora não tenha referido isso, certamente afirmaria, se lhe ocorresse, que “prender não resolve”.
Claro que só prender não resolve, mas, ainda assim, resolve mais do que a impunidade, resolve mais do que o “não dá nada”.
Outro dia escreveu-me um leitor queixando-se dos golpistas que telefonam pedindo dinheiro através do Whatsapp (truquezinho idiota que virou uma praga).
Respondi a ele que isso só acontecia porque quando viesse a ocorrer a improvável prisão de um tipo desses, não faltaria quem mandasse soltá-lo com méritos de bom cidadão por se dedicar a um golpe de tão baixa lesividade.
Alô, Gilmar! Alô, Lewandowski! Alô, Marco Aurélio! Alô, Toffoli, Alô, Alexandre, Alô...!
Sujeitos como o de nariz torcido na telinha da tevê querem provar, com ares solenes e doutas perspectivas, que somos os réus dos crimes que contra nós praticam; que somos uma espécie de celerados sociais, atemorizados com as consequências dos males que advêm de nossa resistência às suas fracassadas utopias, às suas estrelas e bandeiras vermelhas.
Proclamam que existem pobres porque existem ricos.
Rematadas tolices!
Todo o posto de trabalho vem da riqueza gerada pelo setor privado.
Todo!
Inclusive o emprego público, remunerado pelos tributos incidentes onde haja produção.
O Estado é um gastador da riqueza gerada por quem produz.
O que mais esperam os desempregados nos países em crise devido à pandemia do vírus chinês é que suas economias nacionais comecem a vender, as empresas privadas a produzir e a reempregar, e a sociedade volte a consumir.
Há alegria nos mercados quando os indicadores apontam sinais positivos no mundo dos negócios.
O que os adoradores do Estado, que sonham com voltar ao poder e dançar ciranda em torno dos cofres públicos, não contam para você, leitor, é que a verdadeira concentração de renda, nociva e ativa, empobrecedora, que paralisa a atividade econômica como picada de cascavel derruba a vítima, é o Estado que se apropria de quase 40% do PIB nacional.
Aí está a causa da pobreza do pobre: o Estado, esse concentrador de renda nas próprias mãos.
O Estado, que, mesmo quando não se deixa roubar, sustenta obrigatoriamente incontáveis cortes, gastos secretos, luxos inauditos e extravagantes comitivas.
Como não poderia deixar de ser, esse Estado entrega aos pobres do país, em péssimas condições, a Educação, a Saúde e o Saneamento que, se bons fossem, lhes permitiriam sair da miséria e cuidar bem de si mesmos.
Percival Puggina
Membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Jornal da Cidade