terça-feira, 19 de janeiro de 2021

‘Anvisa’ da Noruega define como ‘esperadas’ mortes de idosos vacinados contra a covid-19

País confirma 23 mortes de pessoas imunizadas pelo produto desenvolvido pela Pfizer

vacina da moderna
Agência de medicamentos da Noruega confirma 23 óbitos de idosos vacinados pelo produto desenvolvido pela Pfizer contra a covid-19; órgão não confirma, no entanto, relação com a vacina | Foto: Divulgação/Flickr

Diante das mais de duas dezenas de mortes de pessoas que foram vacinas contra a covid-19 a partir do imunizante desenvolvido pela Pfizer em parceria com a BioNTech, as autoridades sanitárias da Noruega se manifestaram. Em nota oficial atualizada na segunda-feira 18, a Agência Norueguesa de Medicamentos classificou como “esperados” os 23 óbitos confirmados até agora.

Em comunicado disponível em seu site oficial, a agência, chamada oficialmente de Statens Legemiddelverk e com status equivalente ao da Anvisa do Brasil, afirmou que as 23 mortes não têm confirmadas relação com a aplicação da vacina contra o novo coronavírus. O órgão fala da estratégia governamental de direcionar a campanha de vacinação a determinados grupos de risco. “Estamos agora vacinando idosos e pessoas em lares de idosos com comorbidades graves”, afirma a agência em trecho da nota. “Portanto, é esperado que ocorram mortes próximo ao momento da vacinação”, prossegue.

Médico-chefe da “Anvisa” norueguesa, Sigurd Hortemo chamou a atenção para o fato de muitas das mortes dos idosos vacinados contra a covid-19 no país apresentarem sintomas similares. “Os relatórios sugerem que reações adversas comuns às vacinas de mRNA, como febre e náusea, podem ter contribuído para um desfecho fatal em alguns pacientes frágeis”, afirmou ele.

Testes

A Agência Norueguesa de Medicamentos sugere, ainda, ter decidido aplicar em massa a vacinação contra o novo coronavírus em parcela da população que não foi devidamente testada. O programa de testagem da Pfizer incluiu “poucos participantes com mais de 85 anos”, admite o órgão. Por fim, a entidade afirma que, em média, 400 idosos morrem nos asilos espalhados pelo país europeu.

Anderson Scardoelli, Revista Oeste