Não há mágica. E o mercado tem reiterado o apoio ao melhor caminho
Há boas razões para a defesa do programa Renda Cidadã. Sobretudo a possibilidade de criação das chamadas “portas de saída” — instrumentos por meio dos quais o beneficiário poderá gradativamente deixar o guarda-chuva do assistencialismo para ingressar na economia produtiva. Mas o Brasil perde se o programa ficar de pé às custas do comprometimento fiscal. O país sairia da rota virtuosa traçada pela equipe econômica do governo, que vinha garantindo inflação baixa e juros em patamares nunca antes registrados.
Não há mágica. E o mercado tem reiterado o apoio ao melhor caminho:
1º) Privatizar ou extinguir estatais, enfrentando as consequências políticas, corporativistas e jurídicas decorrentes;
2º) Aprovar uma reforma tributária que não aumente a carga de impostos, já extremamente excessiva num país de serviços públicos deploráveis;
3º) Aprovar uma reforma administrativa que reorganize o aparelho do Estado, elimine privilégios e não envolva apenas servidores que venham a ser contratados, mas também aqueles que hoje compõem a máquina.
É clara a mensagem dos agentes econômicos: o governo e o Congresso não devem ceder à tentação de assegurar a popularidade com a erosão das finanças públicas.
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Revista Oeste