quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Brasil cria 249 mil empregos formais no melhor agosto em 10 anos

A economia brasileira abriu 249.388 vagas de emprego com carteira assinada em agosto, informou nesta quarta-feira, 30, o Ministério da Economia. No mês passado, foram contratados 1.239.478 trabalhadores formais e demitidos 990.090.


Esse foi o segundo mês consecutivo de geração de empregos formais e também o melhor resultado para meses de agosto desde 2010.

No acumulado dos oito primeiros meses deste ano, as demissões superaram as contratações em 849.387 empregos formais.

As demissões refletem o impacto da pandemia de covid-19, que empurrou a economia mundial para uma forte recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores domésticos do nível de atividade indicam uma retomada da economia.

Ministério da Economia
Segundo o ministério da economia, de janeiro a agosto, 
as demissões superaram as contratações em 849.387 empregos formais. 
Foto: José Cruz/Agência Brasil

Setores e regiões

A abertura líquida de 249.388 vagas de trabalho com carteira assinada em agosto foi resultado do desempenho positivo dos cinco setores da atividade econômica no mês passado.

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve um saldo positivo de 92.893 vagas na indústria em agosto. A construção gerou 50.489 novos postos de trabalho; o comércio registrou 49.408 vagas; o setor de serviços teve saldo positivo de 45.412 vagas; e a Agropecuária teve saldo positivo de 11.213 vagas.    

Em agosto, as cinco regiões do País também registaram saldo positivo. O melhor resultado foi o do Sudeste, com saldo positivo de 104.702 vagas. Já o Norte gerou 22.272 postos com carteira assinada.  

A região Nordeste teve saldo positivo de 62.085 vagas; o Sul registrou 42.664 novos postos; e o Centro-Oeste contabilizou 17.684 vagas.

Todos os Estados registraram saldo positivo. Os destaques foram São Paulo (64.552 novas vagas), Minas Gerais (28.339 vagas) e Santa Catarina (18.375 vagas).

O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 1.725,62 em agosto, o que representa uma relativa estabilidade em relação a julho. 

Lorenna Rodrigues, O Estado de S.Paulo