terça-feira, 29 de setembro de 2020

Enfermeiras cubanas se disfarçam de árabes para escapar da missão no Catar

Reportagem publicada em julho pelo jornal espanhol El Mundo recolheu os testemunhos de vários profissionais de saúde

Cuba

Bandeira de Cuba | Foto: Pixabay

Várias enfermeiras cubanas que foram enviadas para uma missão médica ao Catar, no Oriente Médio, se disfarçaram em trajes árabes e fugiram para os Estados Unidos.

Uma reportagem publicada em julho pelo jornal espanhol El Mundo recolheu os testemunhos de vários profissionais de saúde que fugiram da missão e criticam o esquema de comercialização destes serviços de saúde em que a ditadura cubana embolsa até 90% dos salários.

“Lembro que tinha muito medo de ser descoberta. Vesti-me de árabe. Coloquei uma túnica e um lenço. Tinha que me fantasiar toda vez que visitava a embaixada dos Estados Unidos no Catar”, diz uma enfermeira.

Ela trabalhava há dois anos no Hospital Cubano do Catar, a joia da coroa das missões médicas naquele país. A instituição é administrada por Havana, mas dependente da Hamad Medical Corporation sob um acordo secreto entre os dois países. Sua localização no meio do deserto, perto do maior campo de petróleo e gás da Qatar Petroleum, favorece o controle de pessoal.

“No aeroporto, antes de cumprimentá-lo, eles tiram seu passaporte e avisam que todos os seus movimentos serão controlados”, diz outra enfermeira ao jornal.

O passaporte permanece aos cuidados do hospital até o retorno dos funcionários a Cuba, prática ilegal no Catar. Também não há clareza sobre o dinheiro que Cuba recebe por cada profissional.

Brasil

No Brasil, a partir de 2013 médicos cubanos trabalharam no programa Mais Médicos, lançado pela petista Dilma Rousseff.

Depois do fim do programa muitos deles decidiram ficar no Brasil.

, Revista Oeste