Apesar da pandemia provocada pelo vírus chinês, quantidade de novos empreendimentos é o maior da série histórica dos últimos dez anos, garante secretário
No primeiro quadrimestre deste ano, o saldo líquido entre as empresas abertas e fechadas no país ficou positivo em 686,8 mil. O número é superior ao do mesmo período de 2019, de 650 mil, informou ontem o Ministério da Economia.
Portanto, atualmente, o Brasil tem 18,4 milhões de companhias ativas, apesar da pandemia de coronavírus. O levantamento consta no Mapa das Empresas, divulgado pelo governo federal.
O secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Gleisson Rubin, destacou que o número positivo se deu por causa da redução do tempo médio para a abertura de um negócio no país.
Além disso, Rubin garante: “Em abril, tivemos uma redução no número de empresas abertas. Ainda assim, a despeito da covid-19, o saldo de 686 mil empresas criadas é o maior da série histórica dos últimos dez anos”.
Em síntese, de acordo com ele, os resultados mostram que o período pré-pandemia marcava uma “forte retomada na atividade empreendedora”.
Saiba mais
As atividades econômicas que mais abriram empresas no primeiro quadrimestre de 2020 são de cabeleireiros, manicure e pedicure; comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios e de promoção de vendas. As que mais fecharam as portas no período foram as de comércio varejista de produtos alimentícios, como minimercados, mercearias, armazéns e padarias.
Estados
O Mato Grosso teve o maior crescimento percentual de empresas abertas no primeiro quadrimestre, com aumento de 19,1% em relação aos últimos quatro meses de 2019. Na outra ponta está Pernambuco com a maior queda, 10,9%.
São Paulo registrou o maior número de empresas fechadas, 97 mil. Contudo, o Estado administrado João Doria (PSDB) abriu 295 mil no primeiro quadrimestre de 2020.
Minas Gerais, administrada por Romeu Zema (Novo), teve bons resultados, ao abrir 115 mil novas empresas. O Estado, atualmente, tem 5,2 milhões de companhias.
Rio de Janeiro ocupa o terceiro lugar, com 1,7 milhões, das quais 101 mil foram abertas nos primeiros quatro meses do ano.
Cristyan Costa, Revista Oeste