As suspeitas de corrupção na compra de respiradores e materiais contra covid-19 no Rio de Janeiro, de fato graves, parecem coisa para Juizado de Pequenas Causas quando comparadas à prefeitura do Recife, do PSB.
Apesar disso, o governador fluminense Wilson Witzel enfrenta processo de impeachment, enquanto o prefeito Geraldo Júlio, que manda em 30 dos 44 vereadores do Recife, nem sequer é incomodado com uma simples fiscalização pela Câmara Municipal. CPI, então, nem pensar.
O Recife é única capital a receber duas operações da Polícia Federal em menos de um mês, contra corrupção em compras para combate à covid.
Em 28 de maio, a PF, investigou no Recife compras sem licitação de R$ 11 milhões em respiradores que seriam usados em porcos.
Terça (17), a PF voltou ao Recife investigando empresa suspeita à qual a prefeitura do Recife deu 14 contratos sem licitação de R$ 81 milhões.
Com informações de Diário do Poder
Em tempo: A bandalheira domina o governo de Pernambuco desde os tempos de Miguel Arraes. O cearense governou o Estado três vezes: 1963-1964, 1987-1990 e 1995-1998
Eduardo Campos, o neto, era o secretário da Fazenda do Estado, quando explodiu o 'escândalo dos precatórios'. A impunidade, em face de um Judiciário conivente, de um Tribunal de Contas do Estado e de uma Assembléia Legislativa submissas, passou pelos dois governos Campos.
A Prefeitura da capital já era então um puxadinho do Palácio das Princesas.
O escândalo envolvendo a Refinaria Abreu e Lima, uma parceria criminosa entre Lula, o venezuelano Hugo Chávez e Campos limita-se timidamente ainda hoje às páginas de jornais e à indignação do cidadão pernambucano.
Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas e o Judiciário, indecentes, 'olham para o outro lado'.
E tem ainda a 'Arena Pernambuco'.
Nova parceria entre Lula e Campos, agora reforçada por Dilma, 'laranja' do comandante do covil do PT.
Abreu e Lima e a 'Arena Pernambuco' só invadiram as páginas policiais fora das fronteiras de Pernambuco porque integravam o elenco da Lava Jato.
As falcatruas no vácuo do vírus chinês, o já célebre Covidão, são apenas sequência da bandalheira iniciada lá atrás, nos precatórios.
A impunidade é um estimulo...
A novidade no 'Brejo da Cruz' é que o Covidão tem o apoio descarado do STF, que obrigou o governo federal a transferir dinheiro às mãos de governadores e prefeitos corruptos para gastarem sem licitação, sem fiscalização.
Alguém duvidava de que a bandalheira ia acontecer?
O esforço do eleitor em eleger Jair Bolsonaro, alguém de fora do sistema, tornou-se impotente diante de instituições corruptas.
Não se deve estranhar que o Congresso Nacional e o STF tentem sabotar o governo central.
Como quem diz: 'Que ousadia é essa em tentar moralizar o país?'
Por oportuno, vale lembrar a cumplicidade da velha mídia, saudosa da 'bolsa imprensa'.
Está mais preocupada em derrubar Bolsonaro do que com o 'Covidão', com a moralização do Brasil.
Pobre Brasil!