O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez
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A quantificação do número de mortos em Espanha mudou no dia 25 de maio. Nessa data, o ministério da Saúde deixou de contabilizar os óbitos oficiais por dia e passando a assinalar as vítimas mortais dos últimos sete dias. Durante esse período morreram mais 1437 pessoas do que aquelas que foram reveladas, escreve esta sexta-feira o diário espanhol ABC: o número de mortos seria de 68 por dia, em média.
Estes números, não oficiais, resultam dos dados registados pelas regiões autónomas, entre 25 de maio (dia em que mudou a métrica oficial no número de óbitos) e 14 de junho.
A 2 de junho, Fernando Simón, diretor dos serviços de Alerta e Emergências Sanitárias do Ministério da Saúde espanhol, afirmou que no país tinham morrido nos últimos sete dias 34 pessoas, mas, escreve o jornal, os números totais dados pelas regiões autónomas indicam que nesse mesmo dia e reportando aos sete dias anteriores, os registos de óbitos ascendiam a 496, de acordo com as listagens das regiões. o dia a seguir, a 3 de junho, o primeiro-ministro Pedro Sánchez, perante os deputados afirmou: "Hoje temos zero mortes no nosso país como resultado de covid-19".
Uma afirmação que não bate certo com os números agora conhecidos. Em média, nos 21 dias decorridos entre 25 de maio e 14 de junho, morreram todos os dias 68 pessoas em todo o território espanhol, segundo a informação disponibilizada pelas autoridades de saúde das comunidades.
Entre os 1.413 óbitos reportados pelas regiões autónomas, a maioria foi registada na Catalunha (609 mortes) e em Madrid (420).
Mais de 43 mil pessoas morreram em maio
De acordo com as listagens das comunidades, 40.993 pessoas morreram, um valor que está próximo dos dados do Sistema de Monitoramento Diário de Mortalidade (MoMo), gerido pelo Instituto de Saúde Carlos III - 43.242 óbitos.
Diário de Notícias