Inúmeros deputados e senadores viriam a público pedir a cabeça de Bolsonaro, alegando que ele violou as liberdades individuais, o direito à opinião e violentou a democracia, Em seguida acusariam de estar beneficiando os corruptos e o acusariam de afrontar o Poder Legislativo. Uma enxurrada de petições seriam entregues no STF e logo os coletivos, direitos humanos, OAB e etc estariam fazendo um enorme rebuliço por todas as mídias possíveis.
Imediatamente Marco Aurelio Melo e Gilmar Mendes dariam declarações à imprensa condenando o violento ato ditatorial do Presidente e mostrando a inconstitucionalidade dos seus atos. Coletivos, direitos humanos, OAB e toda a sorte de "arautos da democracia" iriam promover pelas mídias veementes protestos contra o "ditador Bolsonaro".
Wiliam Bonner e Renata Vasconcelos começariam o Jornal Nacional com uma pesada crítica ao Presidente, e terminariam com um editorial enfadonho mostrando o quanto as organizações Globo condenam as atitudes antidemocráticas do Presidente. No Globo News a turminha de comentaristas faria cara de escandalizada e pregaria a saída de Bolsonaro, com Míriam Leitão e sua tradicional cara de songamonga dizendo que isso já era previsível.
Blogueiros não se cansariam de escrever longos textos esbravejando contra aquilo que julgariam como sendo os mais graves desvios e crimes contra a Constituição brasileira.
E pra finalizar, teríamos a cereja do bolo com Maia e Alcolumbre, fazendo-se de porta-vozes do interesse público e da moral republicana, condenando o Presidente e mais uma vez afirmando que Bolsonaro não estaria respeitando os outros poderes, extrapolando sua autonomia.
É mas como os que efetivamente cometeram tudo isso foram os Ministros do STF, o silêncio é sepulcral. Não se ouve sequer o barulho do vento. Nem esquerda, nem Globo, nem Maia, nem Alcolumbre... Ninguém se manifesta.
Está instalado o estado de exceção sob as bênçãos da imprensa e do Congresso, tendo como padrinhos todos aqueles que falam em "democracia"...
Marcelo Rates Quaranta
Articulista
Jornal da Cidade