Integrantes de procuradorias de Minas Gerais, Goiás e Piauí recomendam medicamento no tratamento da covid-19
Integrantes do Ministério Público em três Estados querem ajudar no tratamento contra o novo coronavírus. Nesse sentido, procuradores de Goiás, Minhas Gerais e Piauí demonstram alinhamento. Eles defendem a ampliação do uso de cloroquina e hidroxicloroquina contra a doença viral.
Procuradores de Minas Gerais e Goiás já fizeram recomendações a determinados municípios de seus Estados. Os dois grupos citaram, primordialmente, a nota publicada pelo Ministério da Saúde na última semana. Na ocasião, a pasta indicou a aplicação de hidroxicloroquina e também da cloroquina em pacientes com sintomas leves da covid-19.
No Piauí, procuradores tiveram outra ação, mas também em favor do uso dos medicamentos. Segundo a Folhapress, os integrantes do Ministério Público do Estado nordestino abriram ação cível pública em caráter liminar.
Posicionando-se favoráveis ao uso de cloroquina e hidroxicloroquina, os procuradores dos três Estados brasileiros vão na contramão do que, atualmente, vem sendo defendido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade internacional anunciou a suspensão — temporária — de testes com os dois medicamentos, segundo registrou Oeste.
Cosmovisões e preferências políticas e partidárias
Porém, os procuradores em questão não estão sozinhos. Antes mesmo da mudança de posicionamento por parte da OMS, um grupo formado por 25 cientistas brasileiros assinaram manifesto em prol dos dois medicamentos. Em extensa carta assinada pelo químico e professor universitário Marcos N. Eberlin, eles citam que as discussões sobre tratamentos da covid-19 estão recheadas de “cosmovisões e preferências políticas e partidárias”.
Embate científico
“Quanto à hidroxicloroquina (HCQ), o embate científico inevitável entre teses fica nítido quando cientistas renomados por todo o mundo e no Brasil, como o virologista Paolo Zanotto (com 7,4 mil citações científicas) e os médicos Didier Raoult (com 148 mil citações), Philip M. Carlucci e Vladimir Zelenko, defendem seu uso baseados em estudos e artigos, enquanto outros, também renomados e baseados nos mesmos e em outros estudos e artigos, a condenam”. É assim que o time liderado por Eberlin analisa a situação. Primeiramente, eles querem a ampliação de uma discussão séria sobre o uso dos medicamentos. A íntegra da carta em favor da cloroquina e hidroxicloroquina pode ser lida aqui.
Anderson Scardoelli, Revista Oeste