“Solicitação de diligências não cabe a partidos”, argumentou o procurador-geral da República, Augusto Aras; legendas de esquerda queriam o aparelho
O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou ontem à noite contra a apreensão do celular do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Ao tempo em que informa que as diligências necessárias serão avaliadas na apuração em curso, manifesta-se pela negativa de seguimento aos requerimentos formulados”, escreveu Aras.
O PGR complementa, ademais: “Tratando-se de investigação em face de autoridades titulares de foro por prerrogativa de função perante o STF, cabe ao Procurador-Geral da República o pedido de abertura de inquérito”.
O imbróglio
Na semana passada, partidos de esquerda pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o aparelho fosse entregue para investigação. PDT, PSB e PV assinaram o documento.
Segundo essas legendas, o presidente teria tentado interferir na Polícia Federal, com base no depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Portanto, seria necessário fazer perícias no celular de Bolsonaro.
Além disso, as legendas de esquerda também queriam os smartphones do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), da deputada Carla Zambelli (PSL-SP), do ex-diretor da PF Maurício Valeixo e do ex-ministro Sergio Moro.
Sendo assim, caberá, agora, ao ministro Celso de Mello avaliar se o celular deve ou não ser apreendido. Contudo, não há prazo para que isso aconteça.
Cristyan Costa, Revista Oeste