Operação Placebo apura suspeitas de desvios na Saúde do Rio de Janeiro
O ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça, viu risco de destruição de provas e, por isso, autorizou operação de busca e apreensão contra o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Nesta terça-feira, 26, a Polícia Federal deflagrou a Operação Placebo, que apura a suspeita de desvios na Saúde do RJ durante a pandemia de coronavírus.
Foram 12 mandados de busca e apreensão, um deles no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, e outro na casa de Witzel.
“Eventuais documentos comprobatórios das práticas ilícitas podem ser destruídos pelos investigados, sendo típico que os indícios desses delitos normalmente sejam eliminados pelos seus autores”, afirmou o ministro do STJ na decisão obtida por Oeste.
Benedito Gonçalves também disse que “alguns investigados” têm “conhecimento jurídico”, o que tornaria “bastante difícil” a obtenção de provas. Antes de ser governador, Wilson Witzel foi juiz.
“Assim, a medida cautelar se mostra imprescindível em razão da necessidade de assegurar a preservação de elementos comprobatórios de materialidade e autoria delitivas”, afirmou Benedito Gonçalves.
Em pronunciamento, Wilson Wilzel negou irregularidades.
Afonso Marangoni, Revista Oeste