segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Componha-se, Renan

Com O Antagonista

Renan Calheiros achou que estava livre da Lava Jato, até que, em setembro, a PGR pediu mais tempo para investigá-lo.
Agora, com dois inquéritos nas costas, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ele talvez veja no impeachment de Dilma Rousseff uma maneira de desviar a atenção sobre si próprio -- e, assim, finalmente se componha com Eduardo Cunha e Michel Temer, convencendo o primeiro a aceitar logo o pedido da oposição e aceitando que o segundo venha a ser presidente da República.

Senadores petistas votarão pela expulsão de Delcídio do partido. Gangues em conflito

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Bangu 8 abre exceções para banqueiro

Leslie Leitão - Veja


André Esteves não teve os cabelos raspados, como 

ocorre com qualquer detento do sistema penitenciário. 

Sua mulher e filha conseguiram uma autorização 

especial para vê-lo, não passaram pela revista de 

raio-X e nem tiveram de enfrentar a fila das visitas. 

O bacalhau do Antiquarius, seu almoço no sábado, 

também não foi vistoriado



André Esteves
André Esteves(VEJA.com/Reprodução)
Desde que foi preso pela Operação Lava Jato no último dia 25, André Esteves, dono do BTG Pactual e do BSI suíço, já descumpriu diversas regras do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. O nono homem mais rico do Brasil, com fortuna avaliada pela revista Forbes em 9 bilhões de reais, conseguiu, por exemplo, manter o cabelo intacto, algo vetado para todo aquele que ingressa nas cadeias fluminenses. A regra diz que os presos têm de ter o cabelo raspado já na unidade de triagem. A mulher e a filha do banqueiro, que o visitaram no sábado, entraram no Complexo de Gericinó de carro, junto com um advogado, e foram direto até o portão principal da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, o Bangu 8, onde ele está preso. Não enfrentaram fila, não tiveram de entrar no ônibus que faz o transporte interno entre todas as unidades prisionais e não tiveram de passar pelo obrigatório scanner corporal (raio-X). Nem mesmo a refeição que levaram para o banqueiro - bacalhau preparado pelo restaurante Antiquarius - foi vistoriada.

No domingo, o ministro Teori Zavascki transformou a prisão temporária de cinco dias do banqueiro em preventiva (sem prazo determinado), mas ele ainda poderá recorrer à 2ª Turma do STF. Enquanto não consegue a liberdade na Justiça, André Esteves conta com a boa vontade das autoridades estaduais. Foi o próprio secretário de Administração Penitenciária (Seap), coronel Erir Ribeiro Costa Filho, quem deu uma autorização especial para a visita do fim de semana. Ironicamente, há pouco mais de um mês, o então diretor do mesmo Bangu 8, Emerson Paiva, acabou exonerado por Erir exatamente por conceder a mesma autorização para parentes de internos que estavam presos por falta de pagamento de pensão alimentícia.
Se não receber outra autorização especial, André Esteves poderá ficar um bom tempo sem ver os parentes. O prazo médio para receber a carteirinha definitiva de visitante é de, no mínimo, 45 dias. "Para um preso comum leva três meses com certeza", diz um agente penitenciário.
O banqueiro chegou a dar entrada no Presídio Ary Franco (para presos à disposição da Justiça Federal), na Zona Norte, e de lá seguiu para Bangu 8, na Zona Oeste, onde ganhou um kit higiênico (sabonete e papel higiênico). O procedimento de identificação só foi feito nesta segunda-feira, quando ele tirou a foto oficial com a camisa verde da Seap, obrigatória para todos os detentos. Já na cadeia, furou outra fila. Lá dentro, onde estão presos 138 pessoas - todos com diploma de terceiro grau ou devedores de pensão alimentícia - as celas individuais, de seis metros quadrados, são reservadas aos que estão há mais tempo encarcerados. Esteves, no entanto, conseguiu uma só para ele.


Após quase 20 anos no mercado, editora Cosac Naify fecha as portas

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Cerveró é afilhado sem padrinho nem madrinha. Coisa da era corrupta Lula-Dilma

Com Blog do Josias - UOL


O petrolão deu a Brasília um enredo de comédia de costumes. A peça é mal escrita e os ensaios são feitos às pressas para substituir o espetáculo anterior. Além de não agradar ao público, o novo roteiro deixou os atores fora dos seus papeis. Por exemplo: Nestor Cerveró, que fazia na peça anterior o papel de Cerveró, um afilhado político responsável pela prospecção de propinas na diretoria Internacional da Petrobras, ficou fora de sua marca no palco, sem padrinho nem madrinha.
Preso depois de tentar comprar o silêncio de Cerveró, Delcídio Amaral disse que a nomeação do hoje delator da Lava Jato foi feita por Dilma, em 2003, época em que madame era ministra de Minas e Energia do governo Lula. Em privado, o senador preso atribuiu ao colega Renan Calheiros a indicação que levou Dilma a lhe telefonar para perguntar o que achava de Cerveró.
Refugado por Delcídio, Cerveró é rejeitado também por Renan. Nesta segunda-feira, foi Dilma quem tomou distância do personagem tóxico: “Não indiquei o Nestor Cerveró. Eu acho que o senador Delcídio se equivoca. Não tenho relação com Cerveró.''
É verdade que a aparência de Cerveró, com seus olhos desalinhados, dá à sua imagem um quê de extraterrestre. Mas ninguém poderia supor que ele Cerveró havia descido de Marte para se materializar na poltrona de diretor Internacional da Petrobras. A Lava Jato deixa Brasília muito divertida.

Se não há verba pública nem para realizar votação eletrônica, como os partidos vão se financiar?

Com Blog do Reinaldo Azevedo - Veja



Os tribunais superiores alertaram que, tudo o mais constante, as eleições de 2016 serão manuais. Por quê? O contingenciamento de verba decidido pelo governo para o Judiciário pode inviabilizar a votação eletrônica.
A Justiça Eleitoral, que levou uma facada de R$ 428,739 milhões, abriu licitação para a aquisição de 150 mil urnas, com dispositivo para se conectar a impressoras. O custo estimado é de R$ 200 milhões.
Com o corte de verbas, esse dinheiro sumiu. Muito bem! Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo, está preocupado. Dias Toffoli, presidente do TSE, está preocupado. É mesmo??? Então vamos pensar alguns detalhes dessa barbaridade. Antes, uma digressão.
Sei que muita gente não se conforma, mas o fato é que eu não desconfio das urnas eletrônicas. Acho que o PT venceu quatro eleições por vontade da maioria que votou mesmo. O fato de eu não gostar disso e de achar que é um voto errado não muda a minha convicção sobre as urnas.
Desconheço uma contestação consistente à segurança do sistema. Mas a maioria desconfia, eis o ponto. Daí que o Congresso tenha aprovado, a partir de 2016, a obrigatoriedade do voto também impresso. Dilma vetou, mas o veto foi derrubado. As eleições ficaram ainda mais caras.
É claro que é um retrocesso brutal. A votação manual, que requer, depois, a feitura dos mapas eleitorais, o que dificuldade enormemente a apuração, é que está sujeita a fraudes. O partido que tiver menos condições de montar a vigilância pode ser prejudicado.
Que coisa, né? O Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional o financiamento privado de campanha, certo? Por oito votos a três. Sete daqueles ministros ainda estão no tribunal — Joaquim Barbosa já saiu. O pressuposto da proibição é que o financiamento seria público. Mas, sempre perguntei aqui, “com que roupa?”
Vejam aí: falta dinheiro do Orçamento até para financiar o mecanismo de consulta propriamente, o processo eleitoral. De onde é que se vai tirar o dinheiro para doar aos partidos?
Então ficamos assim: o STF declara inconstitucional o financiamento de empresas; não se votou ainda o financiamento público porque dinheiro não há, e, a 10 meses da eleição, ninguém sabe o que vai acontecer.
Apontei aqui esse risco desde o começo. Agora, falta grana até para realizar a eleição. De onde os partidos vão tirar os recursos? Certamente do caixa dois, não é? E do caixa dois de quem tem dinheiro vivo — a fonte mais caudalosa é o crime organizado.
Acho bacana que Toffoli e Lewandowski tenham chamado atenção para a questão. Mas e aquele voto que eles deram contra a doação de pessoas jurídicas? Será que foi uma coisa responsável?
Respondo: não! A prova está aí.

"Deterioração das contas públicas no governo Dilma é impressionante", com Miriam Leitão

Com Álvaro Gribel - O Globo


O gráfico abaixo impressiona pela velocidade de deterioração das contas públicas. O déficit nominal chegou a 9,5% do PIB em outubro, por uma combinação de erros que foram cometidos no mandato passado e que estouraram este ano.
O governo fez muitas desonerações entre 2011 e 2014 e continua pagando a conta até hoje; também teve que elevar os juros para combater uma inflação reprimida, principalmente na energia elétrica. Há ainda o gasto dos swaps cambiais, usados para segurar o dólar no ano eleitoral de 2014.
Tudo isso abriu um buraco no orçamento de 2015 e tornou a recessão ainda mais severa, diminuindo a arrecadação e colocando a economia em um círculo vicioso: o déficit fiscal diminui a confiança, que derruba o PIB, que diminui a arrecadação.


deficit_nominal

Mercado automobilístico cai 32% em novembro e retrocede oito anos

Com Blog do Lauro Jardim - O Globo

Guilherme Leporace
As vendas de carros até tiveram uma leve melhora de 2% em novembro, em comparação a outubro.
Porém, não é nada diante do tombo de 32% em relação ao mesmo mês do ano passado: uma diferença de noventa mil veículos.
Foram 279 mil contra 190 mil automóveis leves vendidos este ano.
No acumulado de janeiro a novembro, a queda é de 19% em relação a 2014, passando de 2,9 milhões para 2,34 milhões de carros.
Isso significa que o mercado brasileiro retrocedeu oito anos: este é o número de carros vendidos em 2007.

Maitê Proença cumpre a promessa e tira a roupa, mas frustra internautas

O Globo

Atriz de 57 anos prometeu ficar nua se o Botafogo fosse campeão da Série B este ano


Maitê Proença tira a roupa na TV - Carlos Ivan / Agência O Globo


Maitê Proença prometeu que ficaria nua e cumpriu a promessa, embora tenha frustrado parte dos torcedores que esperaram até o final da noite de domingo para ver o aguardado momento. Depois de provocar a torcida do Botafogo no Engenhão, sábado, e afirmar que preparava uma surpresa "que não seria mequetrefe", a atriz de 57 anos tirou, sim, a roupa, mas apareceu com uma pintura corporal por poucos segundos no fim do programa "Extra Ordinários", do SporTV. A data tinha sido marcada há duas semanas, quando o clube alvinegro confirmou o título da Série B, o motivo da promessa.



'Cunha não me disse nada sobre impeachment', afirma Temer


Dilma ´trambique` é barrada com a comitiva em Paris. Bem que poderia ter sido presa para alegria de 90% dos brasileiros

Com Estadão Conteúdo


Paris - A presidente Dilma Rousseff reclamou nesta segunda-feira, 30, da organização da 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-21), que reuniu nesta segunda 150 chefes de Estado e de governo nas imediações de Paris, na França. Na saída de um evento do qual participaram líderes como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, o presidente da França, François Hollande, a comitiva brasileira não recebeu informações sobre qual direção tomar, não foi reconhecida pela polícia e acabou barrada, atrasando-se para um compromisso.
A situação aconteceu ao término de uma conferência sobre Mission Innovation, uma iniciativa organizada pela administração Obama e por líderes empresariais como o fundador da Microsoft, Bill Gates. Depois de esperar pelo presidente americano por mais de meia hora, a presidente acompanhou os discursos e, ao término do evento, dirigiu-se ao centro de imprensa. Os problemas então começaram.
Orientada por assessores, a presidente esperou no interior do pavilhão, protegendo-se do frio, por alguns minutos. A seguir, saiu, expondo-se ao frio e ao vento em um dia em que estava resfriada. De bom humor, Dilma permitiu que cinco jornalistas brasileiros, entre os quais a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, a acompanhassem em direção a um portão no qual passaria a outra ala da conferência.
No caminho, porém, um policial barrou a delegação aos gritos: "Vocês não podem passar por aqui! Vocês não podem passar por aqui!". A reportagem do jornal O Estado de S.Paulo então informou aos agentes que se tratava da presidente do Brasil. Ao receber a informação, o policial autorizou que a comitiva seguisse o rumo, mas, instantes depois, o grupo foi bloqueado mais uma vez, sendo impedido de continuar.
Foi nesse momento que Dilma reclamou com assessores: "Isso aqui é uma bagunça!". O curioso é que o incidente aconteceu minutos depois de a presidente elogiar a organização da conferência, embora seus auxiliares já tivessem se queixado.
Segundo um assessor da presidência, houve um problema de comunicação entre a organização interna da COP-21, de responsabilidade da Conferência-quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCCC), e a polícia da França, que não tinha a chave do portal pelo qual a delegação pretendia passar.
Dilma ainda teve de esperar vários minutos a céu aberto até que uma série de micro-ônibus chegasse para transportar a delegação. Sem privilégio algum, a presidente sentou-se em um dos bancos e orientou os assessores que permitissem a entrada de jornalistas. Durante o trajeto, a presidente não se mostrou incomodada com os incidentes. Com bom humor, ela lembrou-se de histórias da 15ª Conferência do Clima, realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2009, quando, então chefe da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, comandou a delegação do Brasil.
Em razão dos atrasos sucessivos na sequência de eventos, a presidente anulou sua participação em uma reunião sobre energia solar. A seguir ela concedeu entrevista à imprensa brasileira e internacional, antes de deixar o centro de Le Bourget, em que ocorre a COP21. A presidente retorna ao Brasil na noite desta segunda-feira.

Lula foi deposto da Regência da República

Com Blog do Augusto Nunes - Veja


Em 23 de novembro, uma segunda-feira, Lula soube que o governo não tem dinheiro em caixa sequer para garantir o cafezinho de dezembro. Na terça, 24, soube que o amigo José Carlos Bumlai virou passageiro de camburão. Na quarta, 25, soube que o companheiro Delcídio do Amaral fizera uma coisa tão imbecil que, além de perder o próprio direito de ir e vir, transferiu para uma cela em Bangu 1 o banqueiro André Esteves. Na quinta, 26, soube que o filho caçula pesca na Wikipedia “trabalhos de consultoria” encomendados por lobistas dispostos a pagar R$ 2,4 milhões por entulhos cibernéticos.
Na sexta-feira, 27 de novembro, Lula soube que Delcídio está pronto para contar o muito que sabe aos condutores da Operação Lava Jato. No fim de semana, soube do vexatório desempenho na pesquisa Datafolha. Se a eleição presidencial fosse realizada agora, seria derrotado por qualquer um dos principais adversários possíveis ─ com uma votação semelhante às obtidas nos duelos com Fernando Henrique Cardoso. O chefe supremo da seita companheira também soube que a corrupção (sinônimo do PT, que é sinônimo de Lula) agora lidera o ranking dos mais aflitivos problemas do país.
Há pouco menos de um mês, o ex-presidente nomeou-se Regente da República, ordenou à rainha sem rumo que fosse brincar de Maria II em outras freguesias e reassumiu ostensivamente a chefia do governo. Os 20 dias seguintes foram consumidos em conluios cafajestes, barganhas repulsivas, meia dúzia de discurseiras para plateias amestradas e duas entrevistas que só serviram para confirmar que faltam álibis para tantos crimes. Alguém precisa dar-lhe a má notícia: por decisão do Brasil decente, o regente da nação foi deposto.
Além de Lula e seu rebanho, ainda não entenderam que o país mudou os integrantes da tribo que repete de meia em meia hora a ladainha exasperante: “Está tudo dominado”. Depois do assombroso 25 de novembro, mesmo os derrotistas profissionais e os vesgos por opção deveriam enxergar a guinada histórica. Naquela quarta-feira, os dominadores decadentes fizeram o que desejavam os antigos dominados, que se tornaram majoritários e hoje têm o bastão de mando ao alcance da mão.
Os movimentos no palco foram impostos pela opinião pública, que traduziu a vontade da imensidão de indignados que exigem o imediato encerramento da era da canalhice. Se tudo estivesse dominado, Bernardo Cerveró não perderia tempo gravando conversas bandidas para municiar a Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot não se animaria a pedir ao Supremo a prisão do senador Delcídio do Amaral, o ministro Teori Zavascki não determinaria à Polícia Federal que engaiolasse o líder da bancada governista na Casa do Espanto. Nem teria o apoio unânime da 2 ª Turma do STF para autorizar, pela primeira vez no Brasil democrático, a captura de um senador no exercício do cargo.
Se tudo estivesse dominado, Delcídio e o banqueiro André Esteves não acordariam com a notícia de que a impunidade chegara ao fim, os senadores endossariam o plano de Renan Calheiros para desmoralizar o Supremo e usariam o voto secreto para libertar o colega encarcerado. Rejeitaram por ampla maioria a votação clandestina e aprovaram as deliberações do STF por saberem que eram mantidos sob estreita vigilância, desde o começo da tarde, por multidões de eleitores grudados na TV. Pouco importa se o o roteiro original era outro, é irrelevante saber se os atores agiram a contragosto. A plateia descobriu que manda.
A soma de derrotas amargadas pelos vigaristas tornou inevitável a deposição do regente Lula. Foi a maior maior demonstração de força da oposição real. Pena que tantos vitoriosos ainda não saibam disso.

Traído, Cerveró chora quando fala da armação de Édson Ribeiro

Nonato Viegas - Epoca


Nestor Cerveró permanece em silencio durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras realizada na Justiça Federal em Curitiba (PR), nesta segunda-feira(11) (Foto:  Geraldo Bubniak / AGB / Ag. O Globo)
A revelação de que seu antigo advogado Edson Ribeiro o traiu para atender interesses do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) ainda deixa o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró bem comovido. Cerveró fica ainda choroso porque a certeza da traição de Ribeiro só foi confirmada graças ao seu filho, Bernardo Cerveró. Bernardo gravou Ribeiro e Delcídio quando tentavam convencê-lo (oferecendo dinheiro e um plano de fuga) a demover o pai de citar o senador e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, em sua delação. 
Se não houver novos contratempos, a delação de Cerveró será homologada nesta semana.

Blairo Maggi é sondado e recusa liderança do governo corrupto do PT no Senado. Só se fosse trouxa!

Ricardo Della Coletta - Epoca



Recém-filiado ao PMDB, senador tem bom trânsito tanto na base quanto na oposição



O senador Blairo Maggi (PR-MT) (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
O senador Blairo Maggi, recém-filiado ao PMDB, foi sondado por interlocutores do Palácio do Planalto se aceitaria assumir a liderança do governo no Senado, que ficou vaga com a prisão, na semana passada, de Delcídio do Amaral. 
Crítico ao governo Dilma, ele disse não. 

“Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados?”, perguntou Delcídio

Thiago Bronzattos - Epoca


Questionamento foi feito pelo senador Delcídio do Amaral à reportagem de ÉPOCA em setembro



Delcídio do Amaral é preso pela PF (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Não é à toa que políticos do PMDB estão nervosos com uma possível delação premiada do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso na quarta-feira passada por obstruir os trabalhos da investigação da Lava Jato. 
Delcídio sempre pareceu saber muito sobre questões intestinas da Petrobras. 
Em setembro, por exemplo, ÉPOCA publicou reportagem mostrando que o nome de Delcídio fora citado na proposta de delação premiada do ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. 
A reportagem, na ocasião, perguntou ao senador o que ele tinha a declarar sobre a citação de seu nome por Cerveró. Foi então que Delcídio respondeu com outra pergunta: 
“Renan, Jader e Henrique Alves também foram citados”? 
Renan Calheiros e Jader Barbalho, colegas de Delcídio no Senado, fizeram de tudo para que a votação - que decidiu pela permanência de Delcídio do Amaral na prisão - fosse secreta. Não conseguiram.Henrique Alves é o ministro do Turismo. 

Delcídio estava preocupado com os três políticos ou sabe de algo a mais sobre o trio? Talvez essa dúvida seja esclarecida em breve.



BTG despenca 8,5% na Bolsa e já perdeu R$ 9,4 bi em valor

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Empresas que não pagam e credores que não cobram

Com O Antagonista

Bancos e investidores relutam em punir as empresas que desrespeitam os chamados “covenants” – cláusulas que regem o nível de endividamento de quem toma seu dinheiro emprestado. 
O motivo é a falta de perspectiva para a recessão. 
Com a disparada do dólar e a alta dos juros, as dívidas inflaram, ao mesmo tempo em que a crise derrubou as vendas e esvaziou o caixa das companhias – e está longe do fim. 
É comum que os contratos determinem que quem estoura os covenants seja obrigado a pagar antecipadamente toda a dívida. 
Mas, na atual situação, seria como ajudar o afogado a afundar de vez. 
Quem lucra? 
As grandes bancas de advocacia que notaram uma grande demanda por assessoria para renegociar os contratos.

Filhos de Bumlai tinham 'cheque especial' milionário no BTG

Com O Antagonista

O relatório da Receita Federal, que O Antagonista revelou mais cedo, traz também análise da suspeita evolução patrimonial dos filhos de José Carlos Bumlai. A mais surpreendente é de Maurício Bumlai, cujo patrimônio saltou de R$ 3,86 milhões para R$ 273,8 milhões em apenas seis anos.
Boa parte desse crescimento ocorreu em decorrência de doações de Bumlai e da venda de fazendas da família para o BTG-Pactual, de André Esteves. Todas essas operações estão sob suspeita.
Maurício e os três irmãos abriram contas no BTG. A quebra do sigilo bancário dessas contas revelou saques de dezenas de milhares de reais a descoberto, ou seja, sem que houvesse saldo suficiente. É como se os Bumlai tivessem um cheque especial ilimitado.
Em 2012, Maurício sacou mais de R$ 142 milhões de sua conta no BTG. No mesmo período, foram creditados apenas R$ 42 milhões. Para a Receita, os lançamentos não são "nada compreensíveis", pois "demonstram débitos superiores ao total de créditos disponíveis".
Será que Esteves doou por questões humanitárias R$ 100 milhões para o filho do operador de Lula?

Entrevista a Roberto D´Ávila - Governo é beneficiário da corrupção, afirma Aécio sobre prisão de Delcídio

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‘Delcídio traiu a confiança do PT’, diz Rui Falcão, cínico capacho do Lula, chefe da quadrilha

Com Blog do Josias - UOL


A pretexto de “separar o joio do trigo”, o presidente do PT, Rui Falcão, anotou em texto veiculado no site do partido nesta segunda-feira (30): “É inquestionável que o senador Delcídio traiu a confiança do PT, do governo Dilma, de quem era líder do Senado, e frustrou o seu próprio eleitorado.”
Na próxima sexta-feira (4), informou Falcão, “a Comissão Executiva Nacional do PT discutirá quais medidas serão adotadas a respeito das violações éticas que o senador Delcídio do Amaral cometeu e que se comprovam por uma gravação cuja autenticidade foi reconhecida por ele mesmo.”
Ao tratar Delcídio como traidor, Falcão repete Lula em sua versão de 2005. Quando explodiu o mensalão, Lula convocou uma rede nacional de rádio e televisão para declarar-se “traído”. Naquela ocasião, o PT expulsou o tesoureiro Delúbio Soares.
Em 2011, já na condição de ex-presidente, Lula adotou a tese segundo a qual o mensalão não passara de uma “farsa”. E Delúbio, na época ainda uma condenação esperando pra acontecer no STF, foi readmitido nas fileiras do PT, com as bênçãos de Lula.
Condenada pelo STF, o pedaço da direção do PT que passou pela Penitenciária Papuda jamais foi incomodado pela comissão de ética da legenda. Personagens como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha são tratados nos eventos partidários como “guerreiros do povo brasileiro”. Dirceu não perdeu o status partidário nem mesmo depois de ser preso também no escândalo do petrolão. O privilégio da inocência presumida foi estendido ao tesoureiro João Vaccari Neto, também preso na Lava Jato.
No caso de Delcídio, o PT adota a linha do mata-e-esfola. Falcão esclarece que o senador será submetido a “um julgamento político”. Quanto às imputações penais, anotou o presidente do PT, “incumbe ao Ministério Público e ao STF dar seguimento ao inquérito e posterior denúncia, assegurados ao senador o devido processo legal e a ampla defesa.”
A direção do PT deseja expulsar Delcídio dos quadros partidários. Falcão resumiu a acusação: “…o STF determinou a prisão do senador sob a acusação de tentativa de obstrução da Justiça e formação de organização criminosa com o intuito de promover fuga de um réu da Lava Jato, além de evitar a menção do nome dele na delação premiada de Nestor Cerveró”, ex-diretor da Petrobras, preso em Curitiba.
Falcão realçou que “o Senado Federal decidiu, em votação realizada após a prisão, validar a decisão do STF”. Absteve-se de lembrar que o placar registrado no painel eletrônico do Senado foi de 59 votos a 13. Evitou mencionar também que, dos 13 votos favoráveis ao relaxamento da prisão de Delcídio, nove vieram da bancada do PT.