Com a cabeça a prêmio, o ministro petista da Saúde Arthur Chioro tocou o telefone nesta quarta-feira para o padrinho político Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo. Buscava orientação. Foi aconselhado a não jogar a toalha. Marinho telefonou para o amigo Lula, que reforçou a orientação para que Chioro não se desse por vencido.
Alheio à movimentação da infantaria do PT, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) ligou para Chioro. Informou-lhe formalmente que Dilma decidira entregar a pasta da Saúde ao PMDB. Nada a ver com o desempenho do ministro. É um esforço do governo para contornar a crise que faz o dólar ultrapassar a barreira dos R$ 4,00.
O PT ainda não se deu por vencido. Tenta manter a Saúde sob seus domínios. Se fracassar, Chioro descerá à crônica do derretimento do governo Dilma como o primeiro caso de ministro demitido pelo dólar.