A dívida pública federal – que inclui tudo o que o país deve interna e externamente – aumentou 3,16% em agosto, para R$ 2,686 trilhões. Os dados foram divulgados na tarde desta segunda-feira (28/9) pela Secretaria do Tesouro Nacional. A desvalorização do real fez com que a dívida externa saltasse 4,35% no mês, atingindo o patamar de R$ 134,32 bilhões. A dívida interna, que representa 95% do total, por sua vez, teve uma variação positiva de 3,10%, atingindo o patamar de R$ 2,551 trilhões.
O percentual de estrangeiros que possuem títulos da dívida interna brasileira,que no ano passado vinha apresentando crescimento mês a mês, caiu em agosto pela quarta vez consecutiva, indo de 19,56% em julho para 19,14%. A maior parte dos títulos da dívida brasileira estavam, em agosto, nas mãos de instituições financeiras (25,48%) e fundos de investimentos (20,53%).
Conforme nota divulgada pelo Tesouro, o resultado da dívida para o mês passado é fruto de uma emissão líquida (quando as emissões de títulos feitos pela secretaria são maiores do que os resgates realizados no mês) de R$ 49,95 bilhões; de uma apropriação positiva de juros no valor de R$ 36,89 bilhões e de uma desvalorização do real frente ao dólar.
O Tesouro Nacional espera que, no acumulado de 2015, o estoque da dívida não ultrapasse o patamar de R$ 2,8 trilhões. Esse valor é resultado de uma revisão no mês passado, após o governo reconhecer que não conseguiria manter o teto anteriormente estipulado, de R$ 2,6 trilhões.