quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Governo cogita Meirelles, Maia e Hartung para 2018, diz Padilha


Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. - Jorge William / Agência O Globo


O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira que o governo cogita três nomes para a campanha presidencial de 2018: Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, e Paulo Hartung, governador do Espírito Santo, para concorrer à presidência em 2018. Padilha disse ainda, em entrevista à rádio CBN, que PSDB tem um "projeto de poder próprio".

Padilha disse que Temer se reuniu com os sete maiores partidos do governo para fechar uma postura para 2018. Segundo o ministro, PV, DEM, PRB, PR, PSD e PTB se reuniram e decidiram ter uma posição de defesa do governo Temer para a sucessão presidencial do ano que vem. Sobre um possível apoio a uma candidatura de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, Padilha disse que o PSDB tem um projeto de poder próprio.

— Os partidos da base terão uma postura uníssona na sucessão presidencial. Nós da base, os sete maiores partidos, fixamos essa questão, que teremos um projeto único de poder. Temos preferência por um candidato de um dos nossos sete partidos. Se tivermos que fazer algum tipo de pacto tem que respeitar o legado do presidente Michel Temer. Tem o Henrique Meirelles que está sendo cogitado. Rodrigo Maia que está sendo cogitado. 

Temos nomes para isso. Alckmin é candidato do PSDB, um projeto de poder próprio. 

Respeitamos a candidatura. Esses dois nomes já estão sendo falados pela população, Maia e Meirelles, e seguramente teremos outros nomes. Do PMDB, ouço falar do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung. Já foi mencionado por parlamentares como candidato — disse.

No fim de novembro, um dia após o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sinalizar o desembarque do PSDB do governo Temer, Padilha não esperou nem os três ministros tucanos deixarem o Planalto para dizer que a sigla não faz mais parte da base aliada. No entanto, Padilha também disse ainda que conta com os tucanos para aprovar a reforma da Previdência.

Sobre a votação da reforma da previdência, Padilha disse que aposta no crescimento da proposta. Segundo o ministro o rombo na previdência pode afetar o orçamento para a segurança e o Bolsa Família.

— Se nós não tivermos reforma da Previdência, em 2024 todo o orçamento da União só vai conseguir pagar folha de pagamento, previdência, saúde e educação. Nada mais. Não terá dinheiro para segurança, não terá dinheiro para o Bolsa Família. Quem tem direito adquirido não perderá um centavo. Não vai ter recurso suficiente para estradas, pontes, construções. Precisamos conter isso — disse Padilha.

VOTAÇÃO DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM FEVEREIRO

Padilha disse na sexta-feira que o governo vai ouvir as reivindicações dos servidores públicos na discussão da reforma da Previdência, mas que não "há o compromisso" de aceitá-las. Padilha disse ainda que o "desafio" do governo até fevereiro é conseguir os 308 votos necessários à aprovação das novas regras do sistema previdenciário.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), marcou a votação para dia 19 de fevereiro. Maia que esta tomando a frente nas negociações com os servidores. O relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), admitiu que no é ele e sim o presidente da Câmara quem está no comando destas conversas.