terça-feira, 3 de outubro de 2017

Senado adia para dia 17 votação sobre afastamento de Aécio


Senado recua e adia para dia 17 votação sobre afastamento de Aécio - Agência Senado


Maria Lima e Tatyane Mendes - O Globo



Senado Federal recuou e recolheu as armas. Por enquanto. A estratégia de evitar um desgaste na opinião pública com uma decisão sobre o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) levou a maioria dos senadores a recuar e esperar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para o próximo dia 11 da ação, que vai delimitar as prerrogativas do Legislativo de avalizar ou não medidas cautelares impostas a parlamentares pela Corte. A frase que mais se ouviu nos discursos foi: “Não estamos aqui para julgar Aécio Neves”.

Por 50 votos a favor e 21 contra, o plenário aprovou requerimento do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) que adiou para o dia 17 a votação sobre o mérito da suspensão de Aécio, se ele for mantido pelo Supremo.

Rompendo com antigos companheiros como Renan Calheiros (PSDB-AL), Jáder Barbalho (PMDB-PA) e o líder do governo e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), liderou as articulações com os líderes, isolou a turma que queria guerra, e foi derrubada a urgência aprovada semana passada.

O líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), ainda insistiu na votação para derrubada do ofício do Supremo, mas foi isolado junto com Renan, Jucá , Jáder e os poucos que defenderam a manutenção da votação.

— Aprovado o requerimento, estaremos dando uma oportunidade á Suprema Corte para que revise , por meio do plenário, um decisão tomada por uma das suas turmas. Ou o Senado pode lançar mão de suas prerrogativas para reequilibrar freios e contrapesos do nosso sistema democrático — disse Eunício ao colocar o requerimento em votação.