Karla Spotorno - Broadcast
O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 0,5 ponto, de setembro para outubro, alcançando 78,0 pontos. Essa é a quinta alta consecutiva, e a pontuação é a maior desde fevereiro de 2015 (80,8 pontos). Em relação a igual mês do ano passado, o ICST subiu 3,8 pontos.
A alta do índice em outubro resultou basicamente da melhora das perspectivas, visto que o indicador sobre a situação presente ficou estável. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,0 ponto, a quinta alta consecutiva, alcançando 90,2 pontos. Os dois quesitos que compõem este subíndice subiram, com destaque para o indicador que projeta a tendência para a demanda nos três meses seguintes, que avançou 1,3 ponto, para 90,3 pontos.
Índice da Situação Atual (ISA-CST) permaneceu em 66,2 pontos.
No comunicado à imprensa, a coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, escreve que a quinta alta consecutiva do ICST fortalece a percepção de retomada dos investimentos em construção. "No entanto, ainda são as expectativas que impulsionam o aumento da confiança, já que a situação presente manteve-se estável no mês", destaca a pesquisadora. "Da mesma forma, os indicadores de atividade da construção refletem um avanço muito tímido, como, por exemplo, a alta do emprego captada pelo Caged nos três últimos meses. Como o ciclo produtivo do setor é bastante longo, isto implica também um movimento mais demorado de recuperação", afirma Ana Maria.
Na sondagem de outubro, o Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) do setor recuou 0,2 ponto porcentual, para 65,4%. O resultado interrompe três meses consecutivos de crescimento. O Nuci de Mão de Obra e o de Máquinas e Equipamentos apresentaram movimentos opostos: enquanto o primeiro variou -0,3 pp, o segundo avançou 0,8 pp.