quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Trump cede e não divulga todos os documentos da morte de Kennedy

Henrique Gomes Batista - O Globo


WASHINGTON - O governo americano voltou atrás e não divulgará nesta quinta-feira todos os documentos relacionados ao assassinato do presidente John F. Kennedy (JFK) que estavam sob sigilo. Afirmando “não ter escolha”, o presidente assinou um memorando permitindo que agência com FBI e CIA revisem documentos considerados sensíveis.

“Não tenho escolha - hoje - a não ser aceitar estas revisões, ao invés de permitir danos potencialmente irreversíveis à segurança da nossa nação”, escreveu Trump.

Na quarta-feira, Trump havia prometido liberar ainda hoje todos os documentos:

"A liberação dos #JFKFiles ocorrerá amanhã. Tão interessante! ", escreveu o presidente no Twitter.
 

Esperava-se que o Arquivo Nacional liberasse cerca de 30 mil documentos, sendo 3.100 que nunca foram, nem mesmo parcialmente, aberto ao público ou a pesquisadores. Mas, depois da pressão das agências de inteligência, o governo decidiu liberar 2.800 documentos - não está claro se estarão entre eles parte destes 3.100 documentos que eram totalmente sigilosos até então. A liberação desta parcela de documentos no site do Arquivo Nacional americano ocorrerá ainda na noite desta quinta-feira, segundo comunicado da Casa Branca.

Fontes da Casa Branca informaram que alguns dos dados sigilosos poderiam afetar a segurança nacional ou ainda a segurança de alguns agentes públicos. Parte destes documentos se relacionam com comissões e investigações feitas nas décadas de 1970 a 1990, e algumas das pessoas envolvidas podem estar vivas e ainda na ativa, segundo fontes da imprensa americana.

Em sua ordem, Trump afirmou que, após estes seis meses de revisão das agências, vai liberar todos os documentos que não comprometam a segurança nacional. Segundo o presidente, o povo americano merece transparência sobre este assunto.