Richard Drew/Associated Press | |
Logotipo da Amazon é mostrado em telão de corretora |
SILAS MARTÍ - Folha de São Paulo
Em busca de um investimento de US$ 5 bilhões e promessa de 50 mil empregos, as metrópoles americanas estão em pé de guerra na disputa para ver qual vai receber a segunda sede da Amazon.
Desde que a comerciante on-line -e agora também produtora de cinema e TV e dona da rede de supermercados Whole Foods- anunciou que abriria outro QG corporativo além do que já tem em Seattle, prefeitos nos EUA cortejam Jeff Bezos, dono do império com valor de mercado de US$ 462 bilhões.
Vêm chovendo propostas, até mesmo do Canadá. Mas um jogador de peso acaba de entrar na disputa. Caladas até aqui, autoridades em Nova York confirmaram que a cidade também está no páreo.
De acordo com a prefeitura, 23 propostas vindas de toda a cidade estão em análise -uma delas será escolhida pelas autoridades e enviada à Amazon ainda neste mês.
Meca do hipsterismo, o Brooklyn desponta até o momento como mais forte candidato na disputa nova-iorquina, já que pesam nessa escolha o número de jovens dispostos a trabalhar no setor tecnológico, o acesso a aeroportos -o JFK é logo ali- e a densidade populacional.
Mas o altíssimo custo de vida de Nova York pesa contra a decisão do grupo de construir a nova sede na cidade.
Urbanistas e analistas de mercado acreditam que o novo complexo pode reconfigurar bairros inteiros e preveem algo semelhante ao impacto da sede de traços mirabolantes da Apple na Califórnia.
Enquanto não bate o martelo sobre o novo endereço corporativo, a Amazon já amplia sua presença em Nova York, graças em parte a um incentivo fiscal de US$ 20 milhões da prefeitura.
Ela acaba de abrir uma central de distribuição e vai inaugurar um complexo empresarial em 2018, além de uma série de escritórios.