terça-feira, 28 de março de 2017

Correios terão de fazer corte de gastos radical para evitar privatização, diz Kassab

Anne Warth - O Estado de S.Paulo

Ministro descartou injeção de recursos na estatal e afirmou que todo esforço deve ser empreendido para evitar venda da companhia


Foto: Helvio Romero/Estadão
Correios
Correios estudam fechar agências próprias para cortar custos
O governo não tem recursos e não fará injeção financeira nos Correios, disse hoje o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab. Para ele, a solução para a companhia é cortar despesas.

"Não há saída; é preciso fazer corte de gasto radical", disse Kassab, depois de participar, no Palácio do Planalto, da cerimônia de Sanção da Lei de Revisão do Marco Regulatório da Radiodifusão, ao lado do presidente Michel Temer.
Embora se dizendo contra a privatização, integral ou parcial, dos dos Correios, o ministro não descartou a adoção da medida, caso a companhia não consiga equacionar o rombo, que no ano passado ficou em torno de R$ 2 bilhões, mesma cifra de 2015.

"O rombo nos Correios é reflexo de má gestão, corrupção e loteamento", acusou Kassab. 
Conforme publicou o Estado no início de fevereiro, a estatal cogita fechar agências próprias em grandes centros urbanos de todos os Estados brasileiros. 

Ainda não havia um número definido de agências a serem fechadas, mas a intenção era fundir agências consideradas “superpostas”, ou seja, muito próximas. Um exemplo: na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, num raio de 10 km, existem 20 agências próprias da empresa, uma a menos de 1 km da outra.