O ator faz reuniões regulares com colegas, em sua casa, para falar da profissão e das condições de trabalho na Globo
Em cartaz com Baixa Terapia, em São Paulo, Antonio Fagundes orgulha-se de bancar a peça do próprio bolso: “Não gosto da Rouanet. É uma lei nem-nem: nem é política cultural nem de mercado. É feita por gerentes de marketing de empresas que não entendem de teatro”.
Para a nova peça, ele recrutou grande parte da família: a mulher, Alexandra Martins, o filho Bruno Fagundes e duas ex, Mara Carvalho e Clarisse Abujamra, que traduziu a comédia do argentino Matias Del Federico. “Espero recuperar o investimento”, diz o ator (sua peça anterior, Vermelho, acabou, veja só, no vermelho).
Além de empresário, Fagundes tem um lado sindicalista: há quatro anos faz reuniões regulares com colegas, em sua casa, para falar da profissão e das condições de trabalho na Globo.
Participam dezenas de atores, e os executivos da emissora acompanham o que eles debatem.
“Não tem segredo. Coisas como excesso de horas de trabalho são discutidas e reformuladas. É um encontro supergostoso”, diz.