O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira (30) que não há margem para o país errar porque, se errar, perderá o grau de investimento pelas agências de classificação de risco, que avaliam se é um país é ou não um bom pagador de dívidas.
"Não podemos admitir riscos de não completar o ajuste fiscal", disse o ministro, em evento em São Paulo, acrescentando que o governo pode criar novas despesas que demandem novos impostos.
Ele também voltou a defender as medidas fiscais, ressaltando que elas são necessárias para fazer com que a dívida pública volte a cair.
Polêmica com Dilma
No final de semana, o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou uma declaração de Joaquim Levy, na qual ele afirmava que a presidente Dilma Rousseff nem sempre agia "da maneira mais efetiva".
A declaração tinha sido: "Acho que há um desejo genuíno da presidente de acertar as coisas, às vezes, não da maneira mais fácil... Não da maneira mais efetiva, mas há um desejo genuíno".
Nesta segunda, o ministro afirmou que o jornal tinha usado uma parte irrelevante de sua frase.
"Você podia ter pegado um pedaço da frase e ter sublinhado a parte relevante, que a presidente tem genuíno interesse em endireitar as coisas", disse Levy.
"Na vida real, na política e também na empresa, se trabalha sob pressão e nem tudo acontece como a gente desejaria. As coisas são difíceis", acrescentou.
Por sua vez, a presidente afirmou que Levy foi "mal-interpretado" em sua declaração, durante uma coletiva de imprensa no Ceará.
(Com Reuters)