Deputada federal 'fez o L' na eleição
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), que “fez o L” na eleição de 2022, revelou estar “frustrada” com o presidente Lula. Para a parlamentar, o governo não mostrou o suficiente, em seis meses.
“É uma frustração”, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada neste domingo, 25, ao ser interpelada sobre estar decepcionada com o petista. “Quando pontuo ser um erro pagar orçamento secreto, é porque levo a sério o combate à corrupção. Quando pontuo ser um erro elogiar a ditadura de Maduro, é porque acredito que a ditadura não pode ser recebida com honra, seja de direita ou esquerda. Essas frustrações e as pontuações que faço, que muita gente não entende, vêm desse lugar. Eu tenho muito medo que a gente volte a ter alguém como Bolsonaro no poder.”
Tabata expressou ainda tristeza, por Lula descumprir a promessa segundo a qual acabaria com as emendas de relator. Na semana passada, o petista desbloqueou R$ 9 bilhões do “orçamento secreto” e iniciou a distribuição das verbas, na tentativa de passar no Parlamento projetos de interesse do Executivo.
A congressista comentou o caso. “Tem uma frase do Gilberto Gil que é o ‘mundo pior e melhor ao mesmo tempo'”, lembrou. “Que bom que temos um governo que permitiu o fim do orçamento secreto, mas que ruim sabermos que os pagamentos que foram prometidos no passado estão sendo feitos.”
Tabata Amaral se soma à multidão de arrependidos
Tabata Amaral não é a única a se decepcionar com Lula. Na semana passada, Oeste obteve uma carta de diplomatas mulheres insatisfeitas com o petista.
O grupo “chegou ao limite” depois de uma série de nomeações de embaixadores homens para cargos no exterior, em especial aqueles considerados de mais alto valor na carreira diplomática.
Segundo a associação, das 47 nomeações de Lula, apenas seis (pouco mais de 10%) são mulheres.
Antes delas, lideranças do movimento negro se decepcionarem com Lula. Militantes LGBT+ e feministas veem dificuldades para fazer avançar pautas de extrema esquerda no governo e pouca ação do presidente no Parlamento.
Pouco depois da posse, Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, queixou-se de não ter recebido um ministério e pediu um departamento no Ministério de Direitos Humanos “com verba”.
Revista Oeste