Empresa anunciou novos produtos ligados à inteligência artificial
Preste atenção nessa empresa: a Nvidia, fabricante de chips de gráficos e de inteligência artificial que se transformou nos últimos dias em uma das empresas mais valiosas do mundo. Na abertura da sessão desta terça-feira, 30, em Nova Iorque, a Nvidia ultrapassou a barreira de US$ 1 trilhão em valor de mercado, tornando-se a quinta empresa atualmente nos Estados Unidos a alcançar esse patamar. Por volta das 10h45 de hoje, as ações subiam 5,23% na Nasdaq.
Na última semana, as ações da empresa saltaram mais de 25%, o que fez o valor de mercado da companhia bater quase US$ 1 trilhão (mais de R$ 5 trilhões). A subida fez com que a Nvidia superasse o valor de gigantes de tecnologia, como a Meta (dona de Facebook, Instagram e WhatsApp), avaliada em cerca de US$ 670 bilhões. Com isso, ela se junta ao clube exclusivo do trilhão, ao lado de empresas como Alphabet (a dona do Google), Apple e Microsoft. O salto das ações ocorre depois do anúncio de um lucro trimestral na empresa de mais de US$ 2 bilhões e uma receita de US$ 7 bilhões, superando as expectativas de Wall Street. A Nvidia se transforma, assim, em um exemplo das mudanças que podem ocorrer no setor de tecnologia a partir da expansão do uso da inteligência artificial.
Na segunda-feira 29, a empresa anunciou novos produtos e serviços ligados à inteligência artificial, como um supercomputador, uma nova plataforma de robótica, uma tecnologia de rede, recursos para videogames e serviços de publicidade. Uma das novidades é a chegada de versões ainda mais avançadas de supercomputadores, capazes de integrar até 256 superchips simultaneamente como uma única máquina. Com a novidade, a empresa da Califórnia quer expandir o suporte para inteligência artificial generativa, sistemas de recomendação e processamento de dados.
Em uma apresentação de pouco mais de duas horas, transmitida de Taiwan para o mundo, o CEO da Nvidia, Jensen Huang, falou sobre os lançamentos que transformaram a companhia no centro das atenções de investidores e consolidou a virada de chave da companhia de uma fabricante de chips para videogames para uma liderança em inovação, centrada em inteligência artificial. “Chegamos ao ponto de inflexão de uma nova era da computação”, disse Huang. Huang enfatizou que as tarefas de computação estão mais complexas, e a indústria precisa acelerar para acompanhar o ritmo, porque, para aproveitar todo o potencial da inteligência artificial, os clientes buscam mais e mais as unidades de computação acelerada e as unidades de processamento gráfico, como as fabricadas pela Nvidia.
Bruno Meyer, Revista Oeste
