Iminente derrota na votação da MP dos Ministérios fez o presidente oferecer um valor recorde de verbas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liberou R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares na terça-feira 30. É o maior valor liberado num único dia desde o início do mandato. O objetivo do petista é evitar a maior derrota no Congresso, conforme publicou a Folha de S.Paulo nesta quarta-feira, 31.
Lula quer evitar a iminente derrota na votação da medida provisória (MP) da reestruturação da Esplanada dos Ministérios. A votação da MP foi adiada na Câmara dos Deputados para dar mais tempo de o petista conseguir os votos necessários para aprová-la.
Para ter uma ideia, o presidente levou cinco meses para liberar R$ 1,7 bilhão em emendas anteriormente, desde janeiro até os primeiros dias de maio. O total até agora é de R$ 4,5 bilhões liberados para as emendas individuais. Articuladores políticos do governo Lula disseram que o petista deve acelerar ainda mais a liberação de emendas.
Lula pode perder os ministérios que criou
A MP dos Ministérios está em vigor desde que foi decretada por Lula, mas precisa ser aprovada pelo Congresso para ser permanente. Ela e outras seis MPs do petista devem caducar até 1º de junho. Caso seja rejeitada pelos parlamentares, a estrutura dos ministérios voltará a ser organizada como antes, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A consequência disso é a extinção dos ministérios criados por Lula em janeiro, como o dos Povos Indígenas, da Cultura, da Igualdade Racial, dos Transportes e do Desenvolvimento e Indústria.
Revista Oeste