Considerado o quarto trimestre, lucro líquido foi de R$ 43 bilhões, alta de 37,6% em relação ao terceiro trimestre. Montante veio acima do resultado esperado por uma pesquisa da Refinitiv, que era de R$ 37,6 bilhões
A Petrobras teve lucro líquido de R$ 188 bilhões em 2022, um recorde histórico. O resultado é 77% maior que o do ano anterior. Os números constam do balanço da estatal, divulgado na noite de quarta-feira, 1º.
Se considerado o quarto trimestre, o lucro líquido registrado foi de R$ 43 bilhões, alta de 37,6% em relação ao terceiro trimestre. O montante veio acima do resultado esperado por uma pesquisa da Refinitiv, que era de R$ 37,6 bilhões.
De acordo com a companhia, todas as metas de produção para o ano foram atingidas e foram recordes. No trimestre, a produção total própria no pré-sal foi 1,5% acima do registrado nos três meses anteriores e representa 75% da produção total da Petrobras.
Em relatório, a companhia atribuiu os resultados da alta na produção ao início e continuidade das operações em campos e plataformas localizados no pré-sal da Bacia de Santos. “Outro fator que contribuiu para este resultado foi a entrada em produção de novos poços da Bacia de Campos”, informou a Petrobras.
A estatal também disse que o aumento dos lucros se deve principalmente à alta dos preços do petróleo, ao melhor resultado financeiro e a ganhos com acordos de coparticipação em campos da Cessão Onerosa.
O balanço da companhia também aponta recorde no pagamento de tributos e participações governamentais, com recolhimento total de R$ 279 bilhões. Outro recorde foi de fluxo de caixa livre, de R$ 206 bilhões, alta de 22% em relação a 2021.
Distribuição de dividendos
Também na quarta-feira a Petrobras aprovou o pagamento de um novo “megadividendo” aos acionistas, que deve ser próximo de R$ 29 bilhões. A decisão foi tomada pelos 11 integrantes do Conselho de Administração, que inclui o novo presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicado pelo presidente Lula.
A decisão vem um dia depois da crítica da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hofmann, sobre a política de remuneração dos acionistas. Anteriormente, em dezembro, Gleisi já havia criticado essa divisão dos dividendos e o PT chegou a pedir uma medida ao Tribunal de Contas da União (TCU) para impedir a distribuição dos lucros, que foi rejeitada.
A companhia informou que, como o montante ultrapassou em R$ 6,5 bilhões no trimestre, o Conselho de Administração sugeriu que os acionistas avalie a criação de uma reserva estatutária.
Revista Oeste