quarta-feira, 2 de novembro de 2022

'O futuro da Jovem Pan e o jornalismo!', por Alexandre Siqueira

 

Desde que a audiência da TV Jovem Pan News explodiu com o sucesso de jornalistas e comentaristas, que aqui reputo como profissionais da área, que procuram sempre atuar pela verdade, essência do jornalismo, e que por obrigação de ofício, se veem obrigados a fazer o contraponto às inconstitucionalidades, e quebras de parâmetros democráticos e republicanos nos últimos anos.

Essa atuação transformou estes profissionais em representantes naturais dos conservadores no canal, de forma sintomática. O ponto de partida para este princípio de que jornalistas "têm lado” foi causado pela polaridade imposta pela política, que não é exclusividade apenas da Jovem Pan, mas da imprensa em geral, e que não deixa brecha para análise crítica diferente desta realidade.

Tutinha deu a maior abertura para críticas ao que estava acontecendo no país e a maior liberdade para os comentaristas, ainda que mantivesse esquerdistas em toda a sua grade de programação, sob pretexto de manter equilíbrio em seu jornalismo, exceto, em um programa: Os Pingos nos Is. Mas, mesmo com as bobagens, hipocrisias, falsidades e absurdos dos comentários de Amanda Klein, Fábio Piperno, Guga Noblat e cia limitada, que diferentemente dos outros jornalistas, fomentaram, e ainda fomentam, as ações do sistema e seus objetivos espúrios, tem seus espaços garantidos. É latente, por parte deles, como ignoram as graves decisões de toda ordem, a céu aberto, para prejudicar a governabilidade do país, seus protagonistas e apoiadores.

E não demorou muito para que a direção “contaminasse” o programa Os Pingos nos Is; o jornalista Diogo Schelp ocupou o espaço da esquerda no programa.

Devo declarar que, no caso de comentaristas, nada tenho contra seus posicionamentos ideológicos, porém, aqueles que se afastam da verdade para defender seus propósitos, usando do jornalismo para isso, é execrável! Alguns são verdadeiramente patéticos!!!

Os primeiros rumores de estranheza na direção da empresa aconteceram após a contratação de um esquerdista para sua diretoria de jornalismo, Humberto Candil, no início de 2021, e as demissões do José Carlos Bernardi, Paulo Figueiredo e Adrilles Jorge, nos meses seguintes, todos eles sob observância e atendimento a pautas defendidas por progressistas e da esquerda, servem de exemplo do que poderia marcar o futuro de grupo de comunicação num eventual (agora confirmado) governo petista.

Mesmo antes da “vitória” do ex-presidiário, Tutinha já havia afastado temporariamente Augusto Nunes, Cristina Graeml e Guilherme Fiuza, por exemplo. A sombra da censura do TSE à emissora seria o pano de fundo para isso (será?). E depois das eleições, as demissões vieram de forma assustadora por lá. Augusto Nunes, Guilherme Fiuza, Carla Cecato e Caio Copolla foram demitidos. Do lado da esquerda, o inexpressivo e desqualificado Guga Noblat, e quem sabe, o nebuloso Maicon Mendes.

Vem mais por aí?

Foto de Alexandre Siqueira

Alexandre Siqueira

Articulista

@ssicca no GETTR


Jornal da Cidade