sexta-feira, 1 de julho de 2022

Até o PT votou a favor da PEC do governo Bolsonaro

 Críticos ao governo, senadores petistas deram aval para PEC que amplia benefícios sociais

Senadores aprovaram PEC que aumenta benefícios sociais | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Senadores aprovaram PEC que aumenta benefícios sociais | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Apesar das críticas reiteradas da oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL), principalmente dos integrantes do PT, os representantes da legenda de esquerda votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia programas sociais e cria outros benefícios. A votação ocorreu na noite dessa quinta-feira 30, no Senado Federal — dia atípico para uma votação no Congresso Nacional. No geral, 72 senadores votaram a favor e um contra (José Serra, do PSDB-SP).

Dos sete senadores da bancada petista, apenas Humberto Costa (PE) não votou em nenhum dos dois turnos. Fabiano Contarato (ES) votou favorável no 1º turno da votação, mas não registrou voto no turno definitivo.

Os outros petistas, no entanto, deram aval para a proposta. São eles: Jaques Wagner (BA), Jean Paul Prates (RN), Paulo Paim (RS), Paulo Rocha (PA) e Rogério Carvalho (SE).

Os petistas, inclusive, auxiliaram na articulação para acrescentar taxistas no pacote de benefícios aprovado nessa quinta. O governo vai reservar R$ 2 bilhões para repassar a verba para a categoria arcar com combustíveis.

Na proposta, que agora segue para votação na Câmara dos Deputados, o trecho principal é o aumento do Auxílio Brasil, programa que substituiu o Bolsa Família. O valor atual é de R$ 400 e, com a aprovação da PEC, vai para R$ 600.

Anteriormente, quando o governo conseguiu a aprovação da PEC dos Precatórios, que abriu espaço no orçamento para ampliar o benefício, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre aumentar o valor do programa para R$ 600, o que Bolsonaro está próximo de conseguir. A proposta ainda vai zerar a fila de famílias que aguardam acesso ao programa social. 

 Na tentativa de acalmar os ânimos dos caminhoneiros, que pararam o Brasil em 2018 durante uma das maiores greves registradas, a PEC também prevê pagamento de R$ 1.000 a partir de agosto até o final do ano para os trabalhadores da categoria. O custo estimado para bancar o benefício inédito é de quase R$ 5,5 bilhões. 

Outro benefício ampliado é o auxílio-gás, que passa de R$ 53 por bimestre para o valor de um botijão por igual período. A média do preço cobrado hoje está acima de R$ 100.

A PEC também prevê repasse de quase R$ 4 bilhões para os Estados que mantiverem o ICMS em 12% para manter competitividade em relação à gasolina.

Revista Oeste